Bancada do PMDB discute PAC com ministros Silas Rondeau e Hélio Costa



Ao sair da reunião da bancada do PMDB para discutir o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o líder Valdir Raupp (RO) afirmou que a expectativa é de que a meta de 5% para o crescimento anual da economia somente poderá ser alcançada a partir do próximo ano e que, para 2007, a previsão é de um crescimento de 3,5%.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, os ministros de Minas e Energia, Silas Rondeau, e das Comunicações, Hélio Costa, participaram da reunião. Representando os empresários, participaram os presidentes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e da Confederação Nacional da Indústria, Armando Monteiro.

Para alcançar o crescimento de 5%, disse Raupp, é necessário reduzir a carga tributária. Esse assunto também foi levantadopor Armando Monteiro e Paulo Skaf. A carga tributária brasileira (cerca de 38% do Produto Interno Bruto - PIB) é uma das maiores do mundo, observou Raupp.

O senador disse que países da América Latina, como Chile e Argentina, têm carga tributária em torno de 20% do PIB e um crescimento maior que o brasileiro. Raupp disse que nem todas as medidas do PAC serão aprovadas a tempo, este ano, para proporcionar um crescimento de 5% em 2007.

Raupp ressaltou, porém, que a bancada do PMDB apóia o PAC e aprovará no Congresso todas as oito medidas provisórias que constituem o programa.

- Com essas medidas, as condições serão preparadas para um crescimento de 5% em 2008, podemos chegar a 6% ou 7% em 2010 - afirmou Raupp.

Os senadores do PMDB ouviram a apresentação feita sobre o PAC pela consultora do Senado, da área de orçamento, e economista Maria Liz de Medeiros. A economista disse que o ponto principal do PAC é que o programa muda o paradigma do modelo econômico do país porque deixa de cuidar da estabilidade de preços,já controlada, para se preocupar em alavancar o crescimento.

As principais medidas do PAC envolvem investimentos na área de infra-estrutura e aumento do crédito, principalmente crédito ao setor público para estados e municípios. Além disso, inclui desoneração tributária, que melhora o ambiente para os investidores privados.



07/03/2007

Agência Senado


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