Bancada do Rio de Janeiro quer manter PMDB na presidência do Senado
Acompanhado dos senadores do seu estado, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, trouxe na manhã desta segunda-feira (29) ao Senado o apoio da bancada fluminense à permanência do PMDB no comando, pelos próximos dois anos, desta Casa do Legislativo.
- O Rio de Janeiro está fechado com a (re)eleição de Renan Calheiros - disse o governador.
No gabinete da presidência do Senado, Sérgio Cabral disse que aquela era uma visita do estado do Rio de Janeiro à pessoa de Renan Calheiros, a quem o governador chamou de "o quarto senador fluminense" em razão de sua freqüente disposição em ajudar a aprovar iniciativas de interesse daquele estado.
- Você sempre foi um grande amigo do Rio de Janeiro. Não houve um fato sequer em que você não se manifestasse na defesa do estado - disse o governador.
Ao lado dos senadores Paulo Duque (PMDB) e Marcelo Crivella (PRB), do senador eleito Francisco Dornelles (PP) e do chefe da Casa Civil do Rio de Janeiro, o senador licenciado Regis Fichtner (PMDB), Sérgio Cabral disse ainda que Renan dirige o Senado com competência, sendo a voz da serenidade nos momentos de crise.
- Os senadores são privilegiados em tê-lo como presidente desta Casa - afirmou ele.
Indagado pela imprensa sobre esse apoio, Renan declarou que se sentia enobrecido. Disse que o Rio de Janeiro é um estado de sorte por ter eleito Sérgio Cabral para governá-lo, acrescentando que as primeiras iniciativas do novo governador são um indicativo do muito que ainda será feito pelo estado. Indagado se a três dias da eleição para a presidência do Senado está tranqüilo de que se manterá no cargo, Renan falou apenas da importância da visita que recebia.
- Embora não tenha sido indicado ainda pela bancada do PMDB, que é a maior bancada do Senado, eu recebo com muita satisfação, com muita honra, o apoio do estado do Rio de Janeiro, que é um apoio qualitativamente importante, pelo peso político do estado. É o apoio do governador Sérgio Cabral, que é um dos maiores quadros da política nacional - ressaltou o presidente do Senado.
Renan explicou que o PMDB, na condição de maior bancada do Senado, vai se reunir nesta quarta-feira (31) para indicar formalmente um candidato para a sessão legislativa que se inicia. Disse que os governadores peemedebistas provavelmente fecharão com a indicação do partido, porque quem tem o direito de indicar o candidato é o PMDB.
- Se escolha recair sobre o meu nome, ficarei muito honrado e darei seqüência a esse trabalho para, cada vez mais, fazer convergir o interesse do Senado com o interesse da sociedade brasileira. A bancada vai se reunir. Nós temos que, pacientemente, aguardar a decisão da bancada. Eu não posso dar o primeiro passo. Vou aguardar a reunião de quarta-feira e, logo depois, conversarei com o senador José Agripino (PFL-RN, candidato a presidente do Senado), que é um grande amigo, um dos melhores quadros da política nacional. Eu vou buscar até a ultima hora o candidato de consenso. O Senado quer isso, o Senado não quer disputa - enfatizou Renan Calheiros.29/01/2007
Agência Senado
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