Relator quer adiar depoimentos para não favorecer funcionário de Dilma



O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Cartões Corporativos, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), disse nesta quarta-feira (14) que, se depender dele, a comissão não deverá ouvir na quinta-feira (15) apenas o assessor André Eduardo Fernandes, que trabalha com o senador Alvaro Dias (PSDB-PR). Na avaliação do relator, o secretário de Controle Interno da Casa Civil da Presidência da República, José Aparecido Pires, poderia ser favorecido por conhecer com antecedência o tipo de questionamento dos integrantes da CPI.
Luiz Sérgio disse que ainda conversaria com a presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), lembrando que foi decidido que os parlamentares teriam acesso aos depoimentos dos dois funcionários à Polícia Federal antes destes serem ouvidos na CPI. Até o momento, apenas André Eduardo compareceu à PF e José Aparecido ainda não foi encontrado nem pela polícia e nem por funcionários da Secretaria da CPI para a entrega da convocação.
- Eu entendo que a decisão do plenário da CPI deve ser respeitada. O André já prestou depoimento à PF, mas o José Aparecido não. Ouvi-los separadamente ou antes de José Aparecido falar com a PF, poderia gerar questionamentos sobre favorecimento de um ou de outro. Se José Aparecido ouvir o depoimento de André, isso lhe dará subsídios no depoimento à PF. O tratamento deve ser igual. O parecer da Polícia Federal é o mais importante nessa polêmica, pois é conclusivo - argumentou.
O relator assegurou que a decisão de cancelar a reunião da CPI não tem como objetivo proteger quem quer que seja. Para ele, os parlamentares terão muito mais subsídios se aguardarem os dois depoimentos. Além disso, acrescentou, quem deve localizar José Aparecido é a Polícia Federal.

14/05/2008

Agência Senado


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