BB deixou de assinar novos contratos com cafeicultores do ES, diz Ricardo Santos



O Banco do Brasil não está assinando novos contratos de custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) aos agricultores de café do Espírito Santo, informou o senador Ricardo Santos nesta quinta-feira (8), em Plenário, a partir de denúncia que recebeu da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Espírito Santo. A instituição financeira está apenas renovando os contratos antigos dos financiamento Pronaf-custeio, pelo prazo de um ano, observou, o que deve adiar por mais um ano a liquidação do passivo junto ao agente financeiro e inviabilizar a execução das atividades necessárias à realização de uma nova safra.

Segundo Ricardo Santos, a origem de todo esse problema está no declínio acentuado dos preços do café, "hoje com os mais baixos índices dos últimos 30 anos". O senador alertou que vários produtores vêm abandonando suas lavouras e que muitos migrarão para as cidades.

Ao apoiar os produtores de café, o senador ponderou que eles têm sido "bons pagadores", com índices de inadimplência muito baixos em comparação com outras categorias, e que o Espírito Santo ocupa o segundo lugar no ranking dos produtores de café no país. Ricardo Santos assinalou que a federação reivindica a possibilidade da assinatura de novos contratos e que, necessariamente, haja mecanismos alternativos que permitam aos pequenos produtores pagar suas dívidas, por prazo mais longo que os 12 meses previstos na renovação dos contratos antigos.

O senador relembrou algumas sugestões já apresentadas por ele às autoridades, dentre elas, a renegociação das dívidas dos produtores para recompor sua capacidade de pagamento e elevação da dotação de crédito de custeio do Pronaf. Com essas medidas, o Pronaf-C passaria de R$ 12 milhões para R$ 25 milhões e outras linhas de crédito do Pronaf de R$ 42 milhões para R$ 80 milhões. O senador apresentou também emenda à proposta orçamentária da União destinando recursos do Funcafé (Fundo de Apoio à Política Cafeeira), da ordem de R$ 200 milhões, para a aplicação em investimentos na melhoria da produtividade do produto.

08/11/2001

Agência Senado


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