Ricardo Santos pede liberação do crédito de custeio para cafeicultores



Ao abordar a crise que o setor cafeeiro enfrentou nos últimos dois anos, o senador Ricardo Santos (PSDB-ES) solicitou ao governo federal a liberação do crédito de custeio para a atual safra, que já iniciou. Ele informou nesta quarta-feira (27) que, apesar do Banco Central já ter instituído uma linha de crédito de R$ 300 milhões em amparo ao Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), até agora os recursos não chegaram aos produtores.

- Já estamos esgotando o início dos tratos culturais, da aplicação de adubos e corretivos, do combate a pragas e doenças. Os produtores, vindos de quase três anos de crise de preços, estão descapitalizados, não podendo, com recursos próprios, proceder às operações de manejo, aquisição de insumos e tratos culturais necessários à produção da lavoura - afirmou Ricardo Santos.

Outro pedido feito pelo senador do Espírito Santo foi que o Banco Central e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento reexaminem a possibilidade de incluir o café arábica tipo 7, bebida Rio, no Programa de Opção de Venda do governo federal. Este programa dá ao produtor o direito (mas não a obrigação) de vender a sua produção para o governo, numa data futura, a um preço previamente fixado e tem a finalidade de proteger o produtor contra os riscos de queda nos preços do produto.

Ricardo Santos lembrou que, em setembro passado, por decisão do Conselho Monetário Nacional, o Banco Central autorizou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a oferecer contratos de opção de venda aos cafés arábica e robusta tipo 6 e o robusta tipo 7. Na ocasião, a Federação da Agricultura do Espírito Santo não teve atendido seu pleito de incluir também o arábica tipo 7.

As justificativas apresentadas pelo senador para a inclusão do café arábica tipo 7, bebida Rio, no Programa de Opção de Venda do governo federal foram que este é um padrão de bebida com mercado assegurado tanto interna quanto externamente e que esse tipo de café tem origem em regiões produtoras com características naturais de inverno úmido, que exige cuidados especiais e maiores investimentos em infra-estrutura e na operacionalização da colheita.



27/11/2002

Agência Senado


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