BENEDITA FAZ ANÁLISE DOS EFEITOS DA GLOBALIZAÇÃO
A senadora Benedita da Silva (PT-RJ) afirmou que para superar as desigualdades sociais, políticas e econômicas do país, na era da globalização, é necessário que haja uma maior integração da sociedade e uma homogeneização da economia, mediante um novo pacto federativo, "que torne o desenvolvimento uma possibilidade para todos os estados brasileiros".
A seu ver, "a única forma de vencer uma democracia limitada é a formação de um novo fator social, comprometido não com a conciliação de interesses entre as elites, mas também com uma proposta de alternativa social, econômica e política".
Benedita da Silva destacou o fato de que, embora o Brasil seja o segundo país em população negra, este contigente não está qualificado para competir numa sociedade globalizada, em virtude da falta de oportunidades de emprego e do acesso às conquistas básicas para tornar-se cidadão, como escola, saúde e habitação.
Ela ressaltou ainda que, em conseqüência da globalização, os direitos sociais e econômicos da classe trabalhadora sofrem os efeitos mais imediatos dos novos parâmetros econômicos. Segundo Benedita, em 1960 a população economicamente ativa do planeta chegava a 1,38 bilhão de pessoas, e, em 1990, atingia 2,37 bilhões. No entanto, conforme disse, a economia global limita-se a oferecer a esta parcela "precárias condições de emprego ou novas situações de desemprego".
03/11/1997
Agência Senado
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