BENEDITA REIVINDICA PROVIDÊNCIAS DO GOVERNO PARA IMPEDIR EXPLORAÇÃO SEXUAL
"O Brasil não pode continuar a ser a grande referência em exploração sexual", afirmou a senadora Benedita da Silva, destacando nesta terça-feira (dia 17) que fatos como a prostituição de brasileiras em Israel, que culminou com o assassinato de Kelly Martins, não representam uma novidade, tendo sido amplamente demonstrados durante a CPI da Prostituição Infantil, realizada em 1993, no Senado.Para Benedita, o Brasil precisa acabar com a atitude machista de achar que prostituição existe porque "elas querem, elas aceitam", quando a verdade é que se trata de rede de exploração de mulheres, verdadeiras quadrilhas de marginais que enganam essas meninas que apenas querem escapar do desemprego e das desigualdades sociais. Em suas conclusões, a CPI recomendou que o governo assinasse Tratados Internacionais para combater o pornoturismo, a prostituição infanto-juvenil e o tráfico de jovens. "Nada foi feito, embora tivéssemos encontrado provas de brasileiras exploradas na Espanha, Alemanha, Portugal, Paraguai e Israel. Além de forçadas a se prostituírem, elas sofriam abusos de violência física e confisco de passaporte, configurando casos de verdadeira escravidão", indignou-se Benedita.A senadora pelo Rio de Janeiro manifestou sua esperança em ver o momento atual, em que se discute ética e direitos de privacidade, ser também aproveitado para tomar providências em defesa das jovens brasileiras, antes que sejam todas assassinadas como Kelly. "Precisamos convocar os ministros das Relações Exteriores e da Justiça para exigir novas diretrizes de combate ao tráfico de escravas brasileiras", concluiu Benedita.
17/11/1998
Agência Senado
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