Benefícios da Lei de Informática serão mantidos até 2019



Os benefícios fiscais previstos na Lei de Informática ficam prorrogados até 2019. Isso é o que estabelece projeto de lei da Câmara (32/04) aprovado com emendas nesta quinta-feira (16) pelo Plenário, graças a um acordo de lideranças. A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para empresas de desenvolvimento e produção de bens e serviços de informática e automação terminaria em 2009, mas o prazo foi estendido por 10 anos a fim de se compatibilizar a Lei de Informática com a prorrogação dos benefícios da Zona Franca de Manaus, assegurados até 2023 pela reforma tributária.

A matéria, que tramitou em regime de urgência, terá de ser examinada novamente pela Câmara dos Deputados, uma vez que os senadores aprovaram 11 emendas ao projeto original. O acordo de lideranças garantiu a manutenção dos incentivos exclusivos na Zona Franca para a produção de tubos de televisão. Empresas de todo o país continuam podendo confeccionar monitores de computador. O governo comprometeu-se a realizar um estudo sobre o impacto que representará, para o país e para os fabricantes, a convergência tecnológica que está acontecendo entre os dois produtos. Esse foi o ponto mais polêmico da matéria e atrasou a votação do projeto.

Os fabricantes de televisões de Manaus queriam exclusividade de isenção de impostos também para a produção de monitores, argumentando que no futuro ambos os equipamentos serão um só. A medida geraria desemprego em outros estados. O presidente do Senado, José Sarney congratulou-se com a Casa por ter encontrado um acordo para a votação da matéria, mantendo a integridade da Zona Franca de Manaus.

- A questão é importante porque age sobre o equilíbrio econômico entre as regiões e pode causar desigualdade - afirmou o líder do governo, senador Aloísio Mercadante (PT-SP).

O projeto foi aprovado em três comissões do Senado antes de ser examinado pelo Plenário. Na Comissão de Educação (CE), o relator foi o senador Hélio Costa (PMDB-MG); na de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), e na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o senador Aloizio Mercadante. Devido a adiamentos da votação na CAE em busca de um acordo, o parecer de Mercadante foi apresentado diretamente em Plenário.

 



16/09/2004

Agência Senado


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