BERNARDO CABRAL DEFENDE ECOTURISMO NA AMAZÔNIA



O senador Bernardo Cabral (PFL-AM) disse nesta quinta-feira (26), em plenário ser incrível que, em 1996, o ecoturismo tenha rendido US$600 milhões só nas selvas da Costa Rica, país aproximadamente do tamanho do Espírito Santo. Ele calcula que a Amazônia, estado 98 vezes maior que a Costa Rica, tenha recebido nesse período apenas USS$40 milhões - 7% do dinheiro endereçado àquele país.Sustentando que é possível preservar a Amazônia sem devastá-la, o senador assegurou que a opção mais adequada para aquela região é o turismo ecológico, modalidade em voga entre americanos, japoneses e europeus que, em sua opinião, "já se cansaram de fotografar a Torre Eiffel". Em sua opinião, os ecoturistas mostram-se vivamente interessados nas selvas tropicais. Conforme o parlamentar, em 1996, o ecoturismo movimentou no mundo US$260 bilhões, dinheiro gasto em caminhadas pelo Himalaia, passeios em lombo de camelo pelo norte da África, visita a crateras de vulcão na ilha de Bali e outras aventuras. Cabral explicou que a Amazônia é a maior das selvas tropicais do mundo, no entanto, desfruta de um turismo pífio.Ele disse que em 1996 turistas estrangeiros gastaram US$2,3 bilhões no Brasil, mas apenas 3% dessa quantia foi gasta em passeios pela natureza, divididos entre Pantanal, Amazônia e parques nacionais, como o de Iguaçu, no Paraná. Também informou que, para um território de cinco milhões de quilômetro quadrados, a Amazônia é servida por apenas 17 hotéis dedicados ao ecoturismo, a maioria instalados nos últimos anos.- É muito pouco. Há espaço para instalar outros 30 hotéis, desde que seja feita uma boa divulgação dos atrativos que a floresta proporciona - analisou o parlamentar. Cabral explicou que, apesar da deficiência da infra-estrutura turística do Amazonas, a revista Newsweek citou o hotel Ariaú Jungle Towers, situado à margem direita do rio Negro, como um dos lugares exclusivos, em condições de satisfazer ao mais exigente turista. O senador disse que o reconhecimento desse hotel por uma das mais importantes revistas do mundo "faz jus ao presidente do Arú Amazon, Francisco Ritta Bernardino, porta-voz de uma experiência que demonstra haver soluções racionais para a exploração da mata".

26/11/1998

Agência Senado


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