Bernardo Cabral defende proteção para a Amazônia
Lembrando que o Canadá exporta água para o Oriente Médio trocando três barris de petróleo por um barril de água e observando que, nos Emirados Árabes, compra-se seis litros de gasolina com um dólar e paga-se seis dólares por um litro de água, o senador Bernardo Cabral (PFL-AM) voltou à tribuna do Senado para defender a Amazônia.
- A gestão dos recursos hídricos merece extremo cuidado, tanto na escassez como na fartura - alertou ele, anunciando que interessa ao Brasil solidificar crescentemente seu efetivo domínio sobre a Amazônia.
Observando que isso exige conhecimento científico da natureza, ele trouxe a Plenário estudo que, em sua opinião, amplia a compreensão do imenso universo das águas amazônicas. Trata-se de trabalho científico intitulado Hidroquímica da Bacia Amazônica, dos pesquisadores Umberto Santos e Hilândia Cunha.
Ao resumir a obra, Cabral disse que a investigação do enorme mundo amazônico deve iniciar-se pelo estudo da hidroquímica de seus rios, pois o teor e variação dos elementos químicos ali dissolvidos podem oferecer preciosas informações sobre a geoquímica do solo das regiões atravessadas pelos rios e sobre a bioquímica da sua cobertura vegetal.
- Temos aí, por meio da análise química das águas, uma visão da água, do terreno e da floresta. Assim, a análise hidroquímica conduz à melhor compreensão da totalidade do funcionamento do complexo meio ambiente amazônico, com suas riquezas e potenciais.Seis senadores apartearam para elogiar as preocupações de Bernardo Cabral: Nabor Júnior (PMDB-AC), Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), Pedro Simon (PMDB-RS) e Maguito Vilela (PMDB-GO), Lúcio Alcântara (PSDB-CE) e Romeu Tuma (PFL-SP).
19/02/2002
Agência Senado
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