BERNARDO CABRAL DEFENDE ZONA FRANCA E APÓIA ACM



O senador Bernardo Cabral (PFL-AM) voltou a defender em Plenário, nesta segunda-feira (dia 27) a concessão de incentivos fiscais à Zona Franca de Manaus, em grande parte responsável, a seu ver, pelo desenvolvimento econômico do Norte do país. Além de reclamar mais atenção do governo à região amazônica, Cabral apoiou o discurso do presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, que denunciou um esquema de corrupção que teria desviado R$ 690 milhões da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Bernardo Cabral defendeu a entrega, imediata, ao Ministério Público, dos documentos que comprovem o desvio de recursos.

- Não é bom que o mundo tome conhecimento que um órgão que cuida do desenvolvimento da Amazônia esteja tomado pela corrupção. O presidente da República tem a obrigação de tomar as providências administrativas, já que as providências penais não são de sua competência - disse Cabral, lembrando ainda que nenhum dos senadores do estado de Amazonas tem qualquer participação em indicações ou projetos aprovados pelo órgão.

O senador insistiu, também, na necessidade de manutenção da Zona Franca de Manaus e na aprovação da lei de informática nos moldes previstos na Constituição Federal, garantindo incentivos fiscais até 2013. Para Cabral, que mencionou a "batalha" travada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) em torno da nova lei de informática, a preservação da floresta é decorrente da criação da Zona Franca. Ele elogiou o livro L"Amazonie et la Modialisation ("A Amazônia e a Globalização"), escrito pelo professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Argemiro Procópio. Publicado na França, o livro defende um desenvolvimento racional e brasileiro na região, fazendo um histórico da ocupação na Amazônica.

- É um ensaio de ecologia política - afirmou, requerendo o envio de um ofício, pelo Senado, em louvor ao trabalho do professor.

Em aparte, o senador Antonio Carlos Magalhães agradeceu pelo apoio expresso por Cabral, em favor da punição dos culpados pelo desvio de verbas na Sudam. O senador Jefferson Péres (PDT-AM) elogiou o discurso de Bernardo Cabral e criticou a miopia da classe política, que não tem dado a importância devida à região amazônica e à Zona Franca. O senador José Jorge (PFL-PE), que foi o relator da lei de informática na CCJ, defendeu a união das bancadas do Nordeste, Centro-Oeste e Norte por mais incentivos a estas regiões. O senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM) protestou contra a discriminação sofrida pela região Norte e elogiou o professor Argemiro Procópio, citado por Cabral, a seu ver, um acadêmico não contaminado pelos mitos que são disseminados acerca da região.

27/11/2000

Agência Senado


Artigos Relacionados


BERNARDO CABRAL DEFENDE A ZONA FRANCA E PEDE MAIS ATENÇÃO À AMAZÔNIA

BERNARDO CABRAL DEFENDE MANUTENÇÃO DE INCENTIVOS FISCAIS PARA ZONA FRANCA

BERNARDO CABRAL REBATE CRÍTICAS À ZONA FRANCA DE MANAUS

BERNARDO CABRAL: LEI DE INFORMÁTICA PODE PREJUDICAR ZONA FRANCA DE MANAUS

CABRAL DEFENDE NECESSIDADE DE SOBREVIVÊNCIA DA ZONA FRANCA

CABRAL TEM PROJETO PARA ZONA FRANCA DE MANAUS