BERNARDO CABRAL HOMENAGEIA OS 45 ANOS DA REVISTA MANCHETE
O senador Bernardo Cabral (PFL-AM) homenageou hoje (dia 6) a revista Manchete por ocasião do seu 45º aniversário. "Em mais de um sentido a Manchete faz lembrar seu criador, tamanha era a sua capacidade de realizar, construir e estar sempre à frente dos acontecimentos", disse o senador, referindo-se ao jornalista Adolpho Bloch.
Segundo Bernardo Cabral, ao longo de 2 mil 340 semanas de circulação, a revista Manchete constituiu um recorde "incontestável" para publicações do gênero na América latina.
Lembrando que essa publicação chegou a competir com a revista O Cruzeiro, que possuía uma circulação de 800 mil exemplares, ele disse que, "curiosamente, mesmo diante de dificuldades, a Manchete encontrou seu lugar no mercado editorial brasileiro e sobreviveu até hoje, enquanto que a publicação dos Diários Associados acabou desaparecendo".
Cabral assinalou que Adolpho Bloch não colecionou apenas vitórias: a família do jornalista perdeu toda a riqueza com as agitações sociais que se sucederam à revolução Russa de 1917, e, correndo riscos por ser judia, abandonou a Ucrânia e chegou ao Brasil (Adolpho com 14 anos) "desprovida de quaisquer bens que não fosse a disposição para o trabalho".
- Adolpho, apesar da opinião contrária dos irmãos e sócios, idealizou uma revista semanal ilustrada, em que o texto jornalístico dinâmico e a fotografia de qualidade somassem e equilibrassemsuas forças - frisou.
Em aparte, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) comentou que nunca presenciou uma amizade como a de Adolpho Bloch com o ex-presidente Juscelino Kubitschek. Por sua vez, o senador Odacir Soares (PTB-RO) disse que foi repórter da Manchete, afirmando que a publicação é um marco no jornalismo brasileiro e a única revista, nos últimos cinqüenta anos, que permanece no mercado. Já o senador Lúdio Coelho (PSDB-MS) ressaltou que o discurso de Cabral prestou um grande serviço às gerações mais novas, ao contar "uma importante parte da história brasileira".
06/11/1997
Agência Senado
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