Bernardo Cabral homenageia Ulysses relembrando discurso da promulgação da Carta de 1988



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Relator-geral da Assembleia Nacional Constituinte, o ex-senador pelo Amazonas Bernardo Cabral reverenciou a memória do deputado federal Ulysses Guimarães (1916-1992) ao recuperar trechos de seu discurso "Estatuto do homem, da liberdade e da democracia", marco da promulgação da Constituição Federal de 1988.

"A Constituição certamente não é perfeita. Quanto a ela discordar, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca. Traidor da Constituição é traidor da pátria. Conhecemos o caminho maldito. Rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento. Garrotear a liberdade. Mandar os patriotas para a cadeia, o exílio, o cemitério", discursou Ulysses (PMDB-SP) na ocasião, salientou Bernardo Cabral.

Ao mesmo tempo em que caracterizou Ulysses como "cirurgião plástico do fato", o constituinte considerou "fantástico" ter cunhado o termo "Constituição Cidadã" para classificar a Carta de 1988.

- O pórtico da nossa Constituição abre com o homem. Todas as constituições anteriores começavam com o Estado. Só a esta nossa de 88 se deve este termo 'Constituição Cidadã'. Isto há de ficar sem dúvida nenhuma - reconheceu Cabral.

As reflexões do discurso histórico de Ulysses, que presidiu a Assembleia Nacional Constituinte, também foram destacadas pelo relator-geral  do texto constitucional. Assim como a previsão do peemedebista de que "esta Constituição terá cheiro de amanhã, e não cheiro de mofo".

"A moral é o cerne da pátria. A corrupção é o cupim da República. A República suja pela corrupção impune tomba na mão de demagogos, que, a pretexto de salvá-la, a tiranizam. Não roubar, não deixar roubar, por na cadeia quem roube, eis o primeiro mandamento da moral pública", pontou Ulysses em seu discurso.



29/10/2013

Agência Senado


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