Bernardo Cabral relembra fatos da Constituinte
Para Cabral, o governador paulista foi um grande estadista democrático e honrado, fato que nem seus mais ferrenhos adversários conseguem negar. "Foi respeitável e respeitado porque dizia o que pensava, fazia o que dizia e jamais utilizou das palavras como instrumento de escamoteação de seu pensamento", afirmou.
Ele lamentou que Covas não tenha podido completar sua obra política exercendo a Presidência da República, cargo a que estava destinado por sua grandeza política, só comparável à sua coerência ideológica e retidão de caráter. "É um engano se imaginar que o estado de São Paulo perdeu um incomparável governador, é o Brasil inteiro que está de luto", enfatizou. Cabral lembrou a atitude de Covas de vir, espontaneamente, depor na CPI dos Precatórios, quando outros prefeitos e governadores se esquivavam.
- Mário Covas fez questão de vir, em lealdade à sua biografia e em respeito às suas convicções. Como não poderia deixar de ser, a admiração de todos por ele e por seu trabalho magnífico de administração proba dos recursos públicos cresceu ainda mais - afirmou.
Ao finalizar seu pronunciamento, Bernardo Cabral rememorou as palavras do escritor Guimarães Rosa, segundo o qual algumas pessoas excepcionais não morrem, ficam encantadas. "Em poucas pessoas essas palavras caem tão bem".
06/03/2001
Agência Senado
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