BEZERRA QUER PRIORIDADE PARA APLICAÇÕES SOCIAIS EM MATO GROSSO



 BEZERRA QUER PRIORIDADE PARA APLICAÇÕES SOCIAIS EM MATO GROSSO

Preocupado com as"precárias condições sociais" detectadas por duas recentes pesquisas noestado de Mato Grosso, o senador Carlos Bezerra (PMDB-MT) fez um veemente apelo aosgovernos estadual e federal "para que atuem de forma resoluta na área social".Cortes orçamentários nesse setor, acrescentou o parlamentar, "sãoincompreensíveis, sob o ponto de vista administrativo, e insustentáveis quanto aoaspecto moral". A "radiografia" do estado de Mato Grosso surgiu a partir dedois trabalhos técnicos de origens diversas. De um lado, um conjunto de informaçõessocioeconômicas estaduais, elaborado pela Universidade Federal de Mato Grosso e que emdois volumes apresenta a evolução matogrossense entre 91 e 96. De outro, a"Síntese dos Indicadores Sociais", trabalho de âmbito nacional feito peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que tem seu capítulo sobre MatoGrosso destacado por Bezerra. Os indicadores sociais apurados pelo IBGE no estado sãomotivo de preocupação, segundo o senador. Apesar da tendência de aumento na expectativade vida da população e da redução nas taxas de analfabetismo, "isso não bastapara encobrir profundas mazelas sociais, que inquietam e exigem solução", disse oparlamentar. Bezerra destacou, por exemplo, o aumento da violência e os altos índices demortalidade atribuídos pelos autores do trabalho do IBGE à disparidade social, fruto damá distribuição de renda. Doenças infecciosas e parasitárias respondem por 13 porcento das mortes de menores de um ano de idade. - Ora, todos sabemos que tais doenças jápoderiam - e deveriam - estar erradicadas. Sua persistência decorre da falta desaneamento básico e isso é inaceitável - afirmou o senador, lamentando que a pesquisatenha apurado que apenas 27 por cento das residências de Mato Grosso possuem águaencanada e rede de esgoto e são atendidas pela coleta de lixo. Bezerra acrescentou que otrabalho do IBGE confirmou a desigualdade de renda - apenas 10 por cento da população doestado possui renda mensal superior a 23 salários mínimos, enquanto quase 40 por centorecebe apenas um salário mínimo mensal. Nos documentos da UFMT, segundo o senador, estáindicado que a urbanização do estado "segue a passos firmes, notando-se que entre oprimeiro censo demográfico brasileiro, feito em 1872, e o ano de 1996, a população deMato Grosso aumentou 37 vezes, passando de pouco mais de 60 mil para mais de 2,2 milhõesde habitantes". A população rural está estabilizada, afirma o levantamento daAssessoria de Interiorização da universidade. Mas a população urbana vem crescendoacentuadamente. Conseqüência desse fenômeno é o aumento do número de municípios noestado, acrescentou o parlamentar. Em 1979, quando da divisão do estado, eram 38. Esteano, já são 126. O senador considerou impressionantes os números da economia estadual.Na pecuária, são cerca de 14 milhões de cabeças de gado. O crescimento da áreaplantada e dos índices de produtividade, bem como o aumento da produção agrícola, sãooutros pontos destacados pelo senador. Bezerra concluiu seu pronunciamento observando que,"às portas do terceiro milênio, é inconcebível e inaceitável, sob qualquerângulo, que um estado como o de Mato Grosso, que a cada dia confirma sua capacidade derealização e suas imensas potencialidades, esteja condenado a conviver com tãoprecárias condições sociais".



21/06/1999

Agência Senado


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