Biscaia: depoimentos deram vida às informações contidas na documentação



O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), disse, nesta terça-feira (4), que os primeiros depoimentos tomados "deram vida" às informações contidas na documentação recebida da Controladoria Geral da União (CGU) e do Supremo Tribunal Federal (STF). Foram ouvidos pela comissão, em reunião reservada, o delegado da Divisão de Crime Organizado da Polícia Federal em Mato Grosso, Tardelli Boaventura, e o procurador regional da República naquele estado Mário Lúcio Avelar.

- Eles traçaram todo o roteiro das atividades criminosas. Não tenho dúvidas em reafirmar que os trabalhos desta CPMI têm que se sustentar cada vez mais na documentação já em nosso poder - disse o parlamentar, acrescentando que o quadro revela a participação de um número elevado de parlamentares, podendo superar os 57 já denunciados pelo Ministério Público.

O presidente da CPI dos Sanguessugas confirmou que os depoimentos evidenciaram que a atuação da "máfia das ambulâncias" não se restringia a emendas parlamentares relativas à saúde, mas também àquelas destinadas ao Ministério de Ciência e Tecnologia, cujos recursos seriam destinados à aquisição de veículos do Programa de Inclusão Digital. Ele disse que o prazo de 60 dias para a conclusão dos trabalhos da comissão referente às investigações das fraudes na compra de ambulâncias seria mantido, o que não impediria a comissão de prorrogar os trabalhos para investigar os demais esquemas detectados.

A comissão teria, segundo Biscaia, decidido solicitar à Câmara dos Deputados o afastamento de dois deputados integrantes da Mesa daquela Casa até o final das investigações, tendo em vista a existência de "elementos comprobatórios" contra eles.

Biscaia reiterou a necessidade de manutenção do sigilo da documentação e dos nomes dos 15 parlamentares inicialmente denunciados pelo Ministério Público, conforme pedido enviado à comissão pela presidente do STF, Ellen Gracie, para não prejudicar a nova solicitação de transferência das informações sobre os 42 novos parlamentares apontados pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.

- Se os 15 [nomes] em nosso poder chegarem ao domínio publico, corre-se o risco de o trabalho de investigação dos outros 42 [parlamentares] ser prejudicado - destacou.

"Mensalão da ambulância"

Também em entrevista, a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), integrante da CPI, referiu-se ao "mensalão da ambulância, do transporte escolar ou da ciência e da tecnologia", pois supostamente a aprovação das emendas tinha a participação da Casa Civil e do Ministério da Saúde, para parlamentares que haviam votado com o governo. A senadora disse ser necessário desvendar o esquema para "quebrá-lo" posteriormente. Para isso, avalia, será necessário quebrar os sigilos não só dos parlamentares envolvidos, como também de pessoas que ocupavam postos importantes nos ministérios da Fazenda, Saúde, Ciência e Tecnologia, Educação e Casa Civil.

Documentos da Corregedoria

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), disse, nesta terça-feira (4), que os primeiros depoimentos tomados "deram vida" às informações contidas na documentação recebida da Controladoria Geral da União (CGU) e do Supremo Tribunal Federal (STF). Foram ouvidos pela comissão, em reunião reservada, o delegado da Divisão de Crime Organizado da Polícia Federal em Mato Grosso, Tardelli Boaventura, e o procurador regional da República naquele estado Mário Lúcio Avelar.

- Eles traçaram todo o roteiro das atividades criminosas. Não tenho dúvidas em reafirmar que os trabalhos desta CPMI têm que se sustentar cada vez mais na documentação já em nosso poder - disse o parlamentar, acrescentando que o quadro revela a participação de um número elevado de parlamentares, podendo superar os 57 já denunciados pelo Ministério Público.

O presidente da CPI dos Sanguessugas confirmou que os depoimentos evidenciaram que a atuação da "máfia das ambulâncias" não se restringia a emendas parlamentares relativas à saúde, mas também àquelas destinadas ao Ministério de Ciência e Tecnologia, cujos recursos seriam destinados à aquisição de veículos do Programa de Inclusão Digital. Ele disse que o prazo de 60 dias para a conclusão dos trabalhos da comissão referente às investigações das fraudes na compra de ambulâncias seria mantido, o que não impediria a comissão de prorrogar os trabalhos para investigar os demais esquemas detectados.

A comissão teria, segundo Biscaia, decidido solicitar à Câmara dos Deputados o afastamento de dois deputados integrantes da Mesa daquela Casa até o final das investigações, tendo em vista a existência de "elementos comprobatórios" contra eles.

Biscaia reiterou a necessidade de manutenção do sigilo da documentação e dos nomes dos 15 parlamentares inicialmente denunciados pelo Ministério Público, conforme pedido enviado à comissão pela presidente do STF, Ellen Gracie, para não prejudicar a nova solicitação de transferência das informações sobre os 42 novos parlamentares apontados pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.

- Se os 15 [nomes] em nosso poder chegarem ao domínio publico, corre-se o risco de o trabalho de investigação dos outros 42 [parlamentares] ser prejudicado - destacou.

"Mensalão da ambulância"

Também em entrevista, a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), integrante da CPI, referiu-se ao "mensalão da ambulância, do transporte escolar ou da ciência e da tecnologia", pois supostamente a aprovação das emendas tinha a participação da Casa Civil e do Ministério da Saúde, para parlamentares que haviam votado com o governo. A senadora disse ser necessário desvendar o esquema para "quebrá-lo" posteriormente. Para isso, avalia, será necessário quebrar os sigilos não só dos parlamentares envolvidos, como também de pessoas que ocupavam postos importantes nos ministérios da Fazenda, Saúde, Ciência e Tecnologia, Educação e Casa Civil.

Documentos da Corregedoria

O deputado Robson Tuma (PFL-SP), relator da comissão de sindicância da Corregedoria da Câmara dos Deputados, apresentou toda a documentação em poder da corregedoria e se colocou à disposição da CPI para, "no momento adequado", falar sobre a análise e cruzamento dos dados disponibilizados pela Polícia Federal e Ministério Público. Tuma disse haver, nos 14 volumes de documentos, degravações de ligações telefônicas, defesas de parlamentares, inclusive de alguns que não teriam sido citados, além da documentação fornecida pelos órgãos que deram início à investigação.

Pauta da reunião de quarta-feira

A reunião da CPI dos Sanguessugas nesta quarta-feira (09) terá caráter administrativo e servirá para votação de requerimentos. O depoimento de Luiz Antonio Trevisan, da Santa Maria Representações, filho de Darci Vedoin, chefe do esquema das ambulâncias foi cancelado e ainda não foi marcada nova data.

Pauta da reunião de quarta-feira

A reunião da CPI dos Sanguessugas nesta quarta-feira (09) terá caráter administrativo e servirá para votação de requerimentos. O depoimento de Luiz Antonio Trevisan, da Santa Maria Representações, filho de Darci Vedoin, chefe do esquema das ambulâncias foi cancelado e ainda não foi marcada nova data.

04/07/2006

Agência Senado


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