BLAIRO MAGGI SE DESPEDE DO SENADO



Ao se despedir do Senado nesta quarta-feira (dia 1º), depois de ter exercido o mandato por 121 dias, o senador Blairo Maggi (sem partido-MT) - suplente do senador Jonas Pinheiro (PFL-MT) -, afirmou que a experiência serviu para que reformulasse várias crenças erradas que tinha do Congresso e dos políticos em geral. Jonas Pinheiro havia pedido licença para tratamento de saúde.- Como boa parte dos homens comuns, achava que o Brasil demorava para resolver seus problemas e aprovar leis e reformas importantes, porque o Congresso não trabalhava. Agora sei que deputados e senadores se esforçam muito. Se as soluções tardam, é porque o Executivo "não puxa o carro" com a intensidade devida. Quando o faz, as reformas acontecem - ressaltou.Para Blairo Maggi, o brasileiro comum está convencido de que os deputados e senadores ganham muito dinheiro. "Pode ser que o Congresso como um todo pese no orçamento do país, mas certamente o congressista ganha pouco, muito aquém de suas necessidades de fazer política em Brasília e em terra natal", disse.O senador por Mato Grosso afirmou ainda que quem não é político pensa que deputados e senadores são uma casta privilegiada, diferente do resto dos brasileiros. "Pela simplicidade e altruísmo com que me receberam, posso atestar que os congressistas são brasileiros normais. Quero agradecer a sinceridade e amizade que me dedicaram, e garantir que terão em mim, sempre, um defensor do Congresso e de seu bom trabalho".Em apartes, os senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Jefferson Péres (PDT-AM), Tião Viana (PT-AC), Lúcio Alcântara (PSDB-CE), Saturnino Braga (PSB-RJ), Agnelo Alves (PMDB-RN), Leomar Quintanilha (PPB-TO), Alvaro Dias (PSDB-PR), Ernandes Amorim (PPB-RO), Antero de Barros (PSDB-MT) e Ramez Tebet (PMDB-MS) destacaram a atuação independente de Maggi e sua contribuição nas atividades do Senado. Ele deixa seis projetos de lei a serem apreciados. Também em aparte, o senador Moreira Mendes (PFL-RO) louvou a coragem de Blairo Maggi em reconhecer que a remuneração dos congressistas é baixa e insuficiente. Segundo Nabor Júnior (PMDB-AC), não somente o parlamentar ganha pouco, como também o Congresso pesa pouco no orçamento do país, 0,24%, incluindo Câmara, Senado e Tribunal de Contas da União (TCU).Na presidência da sessão, o senador Geraldo Melo (PSDB-RN) associou-se à homenagem a Blairo Maggi, saudando a volta do senador Jonas Pinheiro (PFL-MT), também presente aos trabalhos.

01/09/1999

Agência Senado


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