Bohn Gass acredita no crescimento do apoio ao projeto da universidade estadual
Mais de 1.200 estudantes de diversos municípios da Região Noroeste lotaram, nesta quinta-feira, o auditório do Centro Cívico de Santa Rosa, para discutir o projeto do governo do Estado, que institui a universidade pública estadual no Rio Grande do Sul. Segundo avaliação da Brigada Militar, cerca de três mil pessoas circularam pelo local, durante a quinta audiência pública do Fórum Democrático, que debateu o tema.
Como nos encontros anteriores, a maioria dos participantes se manifestou favorável ao projeto do Executivo. Dos 17 inscritos, apenas dois sugeriram alterações pontuais ao projeto de lei. Representantes do movimento universitário da região entregaram ao presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembléia, deputado Onix Lorenzoni (PFL) um abaixo assinado com mais de 2.500 assinaturas, pedindo rapidez na apreciação da proposta.
Os estudantes reclamaram, também, do método de inscrições adotado pelos organizadores do Fórum. Segundo a universitária Beatriz Brixner, os estudantes ficaram excluídos do processo. "Os secundaristas estavam em maioria, no entanto, só um teve o direito de falar", protestou.
O líder da bancada do PT, deputado Elvino Bohn Gass anunciou que o governo está estudando uma forma de contemplar os estudantes carentes. "O governo não pretende com a implantação da Uergs assumir responsabilidades do governo Federal. Não podemos portanto, abandonar a luta pelo aumento de vagas nas universidades federais.
Rebatendo as críticas dos oposicionsitas, o deputado José Gomes disse que em 1999, o governo Olívio Dutra pagou 3.690 contratos contraídos entre 1996 e 1998, portanto, durante o governo Britto. Ele garantiu, também, que a implantação do Uergs não significa a retirada dos recursos do ensino fundamental e, tampouco do Procred que o governo vai continuar operando.
O deputado Ronaldo Zülke (PT) arrisca dizer que o projeto da Uergs será aprovado por unanimidade, pois não se trata mais de uma proposta do governo, mais sim do povo gaúcho. Ele fez um apelo aos deputados da oposição, para que não protelem a votação. "É preciso apreciar o projeto no primeiro semestre, para que ele possa ser regulamentado no segundo semestre e passe a funcionar no início do ano letivo de 2002.
José Gomes, também, disse que o projeto pode e deve ser aperfeiçoado. Mas ressaltou que uma coisa é fazer emendas, outra é apresentar um substitutivo que descaracteriza o projeto original, como querem alguns setores da oposição. "Por que estes que hoje defendem o substitutivo não propuseram a Uergs no governo passado. O governo Olívio Dutra, portanto, está realizando um sonho que os outros governos não tiveram coragem de realizar. E quem é contra o projeto, só por um ranço ideológico, está sendo contra a sociedade gaúcha", arrematou.
04/26/2001
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