Bolsistas do programa Frentes de Trabalho Especial recebem cartão bancário
Das 505 pessoas que se inscreveram no ano passado, 300 já iniciaram as atividades
Trezentos albergados que participam das Frentes de Trabalho do Programa Emergencial de Auxílio Desemprego (Pead) receberam do governador Geraldo Alckmin, nesta quinta-feira, dia 2, o cartão de conta corrente do Banco Nossa Caixa. Das 505 pessoas que se inscreveram no ano passado, 300 já iniciaram as atividades. Outros aproximadamente 200 inscritos estão em fase de assinatura do termo de adesão e devem começar as atividades na próxima semana.
Os bolsistas vão prestar serviço nos próprios albergues, entre os quais, limpeza, jardinagem, pintura, pequenos consertos e lavanderia. Eles também poderão atuar em oficinas nas instituições que dispõem de marcenaria, serralheria ou restaurante Bomprato, por exemplo.
As Frentes de Trabalho já existem há mais de 6 anos, porém, desde 2004, atendem também albergados. O objetivo é oferecer ocupação, renda e qualificação a pessoas desempregadas há mais de um ano. A dinâmica é a mesma das Frentes de Trabalho tradicionais. O bolsista trabalha quatro dias por semana, com jornada de seis horas diárias, e no quinto dia, passa por um curso de capacitação. Ele também recebe a bolsa-auxílio mensal no valor de R$ 210, cartão alimentação de R$ 46,64, auxílio deslocamento de R$ 80 – quando houver necessidade - e seguro de acidentes pessoais de R$ 5.000, além do curso de qualificação profissional. A duração da bolsa é de 9 meses.
Com isso, os albergados têm a oportunidade de qualificar-se para a reintegração ao mercado de trabalho e pode funcionar como alavanca para o retorno ao convívio familiar, além de garantir renda no período da bolsa. O governador destacou a importância de oferecer oportunidade aos albergados. "Já temos a Frente de Trabalho, mas decidimos criar uma específica para o povo de rua", afirmou. Ele determinou que as Secretarias do Emprego e Relações do Trabalho e da Assistência e Desenvolvimento Social que busquem vagas com a iniciativa privada para os bolsistas.
Aparecido Nogueira Candido, de 54 anos, acredita que a Frente de Trabalho será uma oportunidade para voltar ao mercado. Cardíaco, viúvo e pai de cinco filhos, Candido vive em albergue há cerca de um ano. "Quero me reintegrar ao mercado e, se for possível, alugar um cômodo para morar", afirmou.
Com 42 anos, Isr
02/02/2006
Artigos Relacionados
Bolsistas das frentes de trabalho do Governo do Estado conseguem empregos permanentes
CPTM: bolsistas das Frentes de Trabalho atenderam mais de 1 milhão de pessoas
CPTM: Bolsistas das Frentes de Trabalho atendem mais de um milhão de usuários
Executivo acata emenda ao Programa Frentes Emergenciais de Trabalho
CUNHA LIMA QUER SUBSTITUIR FRENTES DE TRABALHO POR PROGRAMA DE RENDA MÍNIMA
MTD pede apoio para votação do projeto que cria o programa de frentes emergenciais de trabalho