Bornhausen apresenta mais um documento do BC à CPI do Banestado
O senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) apresentou nesta quarta-feira (30), na CPI do Banestado, documento em que o Banco Central atesta que o Banco Araucária não era de propriedade de sua família durante o período no qual operou com as contas CC-5, de julho de 1996 a dezembro de 1999. O documento é assinado por Luiz do Couto Neto, chefe da assessoria parlamentar do BC. Nele constam os nomes de todos os acionistas e administradores do Araucária durante o período, incluindo as alterações registradas até a liquidação da Banco. A certidão do Banco Central foi obtida pelo senador no início deste mês.
De acordo com essa documentação, o Araucária foi autorizado, nessa época, pelo Banco Central, a receber depósitos acima de R$ 10 mil, desde que fossem provenientes de Ciudad del Este, no Paraguai. A autorização foi cancelada em dezembro de 1999.
Bornhausen também apresentou mais uma vez certidão emitida pelo então procurador-geral da República, Gerando Brindeiro, na qual é declarado que não foram encontrados índicos de irregularidades que justificassem instauração de inquérito ou investigação penal contra o parlamentar. O documento foi assinado em setembro do ano passado. A referência da certidão é o conteúdo de matéria publicada pela revista Época em junho de 2002, que trata de transferências irregulares por meio de contas CC-5.
No dia 26 de junho, Bornhausen compareceu à CPI para apresentar uma série de documentos, certidões e ofícios - em um total de oito textos -, todos entregues aos integrantes da comissão, os quais negam qualquer registro em seu nome de qualquer remessa ou recebimento de valores por meio das contas CC-5. Esses documentos apresentados pelo senador são ofícios do Banco do Brasil e do Banco Central, expedientes do Banco Araucária e do Banestado, certidão da Diretoria de Assuntos Internacionais do Banco Central, além da certidão da Procuradoria-Geral da República.
30/07/2003
Agência Senado
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