BORNHAUSEN DEFENDE REDUÇÃO DO NÚMERO DE MINISTÉRIOS
Em entrevista à imprensa, o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse nesta quarta-feira (dia 30) que, em sua opinião, o presidente Fernando Henrique Cardoso deve aproveitar o momento para fazer o enxugamento da máquina administrativa, começando pela redução, para metade, do número de ministérios, que deveriam ser no máximo de 12, com mais dois ministros extraordinários. Para Bornhausen, os ganhos alcançados pela sociedade, nestes cinco anos de Plano Real, aliados às mudanças estruturais já aprovadas pelo Congresso, dão ao governo o lastro necessário para avançar. "Os ministros atuais provaram, nas crises financeiras, sua eficiência, mas, para uma fase de desenvolvimento, a equipe deve ser mudada pelo presidente", defendeu o senador. Ele disse que o presidente deve ter total liberdade para fazer suas escolhas, dentro da base de apoio ou fora dela e sem exclusão de nenhum partido, "de forma que os ministros escolhidos sejam do presidente e não dos partidos"..O senador não quis responder se o seu partido estaria disposto a perder algum dos quatro ministérios que o PFL tem hoje no governo.- Todos os integrantes do PFL estão conscientes, assim como os componentes dos outros partidos da base, de que estão ligados ao sucesso do governo FHC. Todos ganham com o sucesso e todos perderão se esse governo fracassar. Não conheço sócios que saem vitoriosos quando a sociedade se desfaz - alertou, fazendo uma referência explícita às eleições de 2002. Em encontro na manhã desta quarta-feira (dia 30) no Palácio do Planalto, o senador apresentou sua posição ao presidente que, segundo ele, recebeu bem a proposta. "As condições políticas atuais permitem ousar e a sociedade assim o quer", enfatizou ele ao reconhecer que a popularidade do presidente não está alta mas a credibilidade não foi arranhada, o que indica que Fernando Henrique teria apoio para fazer as mudanças necessárias. Jorge Bonhausen informou ainda que essa idéia não é nova e fazia parte do programa do PLF nas eleições de 1994, no âmbito das propostas de reforma do Estado.
30/06/1999
Agência Senado
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