Bornhausen desdenha de propaganda do governo sobre crescimento



O senador Jorge Bornhausen (SC), presidente do PFL, voltou a criticar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (24), desdenhando a propaganda do governo sobre o crescimento do país em 2004, que pode chegar aos 3,5%. O parlamentar, que considerou esse índice medíocre, comparou o desempenho da economia brasileira ao de outras nações emergentes, como China, Índia e Rússia, que têm crescido em torno de 8% ao ano. Segundo o senador, o comportamento da economia neste ano só pode ser analisado se comparado ao do ano passado, quando o país registrou uma redução do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,2%, o que gerou cerca de um milhão de desempregados.

Para o senador, um crescimento de apenas 3,5%  é fruto da má gerência de 2003 e “sobretudo do desvairado aumento da tributação”. Dessa forma, continuou Bornhausen, em 2004 houve aumento da inflação e o Banco Central não permitiu a queda da taxa de juros, perdendo a oportunidade de acompanhar o crescimento mundial e chegar aos 8 ou 9% do crescimento alcançado pelos demais países emergentes. Segundo o presidente do PFL, o governo nada fez pelas exportações, que aumentaram graças ao trabalho do empresariado. O mesmo aconteceu em relação ao agronegócio, disse Bornhausen, destacando que a indústria, que está recuperando sua capacidade ociosa, está sendo puxada pelo crescimento mundial. - Não houve nenhuma ação do governo de melhorar o mercado interno, nem por crédito nem por outras ações de serviços. Em vez de enaltecer suas próprias ações, o governo deveria pedir desculpas pelo que deixou de fazer – afirmou. Bornhausen apontou ainda medidas reguladoras, com efeitos estatizantes, especialmente no setor energético, que impediram a entrada de mais investimentos no país. Ao divulgar documento da Câmara de Comércio da Construção Civil, segundo a qual dos R$ 5 bilhões reservados para  moradia apenas R$ 1,6 bilhão foi aplicado, o senador atribuiu esse resultado à incompetência gerencial do governo.

 



24/08/2004

Agência Senado


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