Bornhausen diz que afirmações de Ideli Salvatti são inverídicas e o prejudicam
Em ofício enviado ao presidente do Senado, José Sarney, e lido pouco antes do encerramento da sessão, o senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) afirmou que as declarações da senadora Ideli Salvatti (PT-SC), ainda que inverídicas, causam extenso dano à sua -imagem, honra e vida privada, elementos invioláveis do cidadão-.
Ele se referia a discurso em que a senadora sugeriu a criação de uma CPI sobre evasão de divisas, mencionando matérias jornalísticas que o citaram, juntamente com Paulo Konder Bornhausen, como possíveis usuários de instituições que remeteram dinheiro para o exterior. O ofício foi lido em Plenário pelo senador Almeida Lima (PDT-SE), como secretário da sessão, presidida naquele momento pelo senador Heráclito Fortes (PFL-PI).
Bornhausen pediu que seja encaminhada à Corregedoria do Senado uma lista de documentos juntados quando a revista Época publicou, em junho do ano passado, matéria sobre o assunto. Entre os documentos listados no ofício estão certidão do Banco Central atestando que a instituição não tem registros de recursos ou de recebimentos de valores por meio de transferências internacionais em reais, nem em contas CC-5, no período de 1992 a 2002, em nome de Jorge Bornhausen. No mesmo sentido, há também declarações do Banco do Brasil e dos bancos Araucária e Banestado e da Procuradoria Geral da República.
No ofício, Bornhausen afirma que, caso a senadora transgrida novamente as normas do Código de Ética do Senado, solicitará medida disciplinar contra ela. Ele também solicita que, na divulgação do pronunciamento de Ideli Salvatti, no Diário do Congresso, constem as providências constantes do seu ofício.
25/02/2003
Agência Senado
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