Bornhausen leva a Tebet apoio do PFL



O presidente do Senado, Ramez Tebet, recebeu na manhã desta terça-feira (dia 25), do presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen, o apoio do Partido da Frente Liberal a sua gestão à frente da Comissão Diretora da Casa. Ao final do encontro, os dois senadores destacaram não haver veto do PFL ao novo presidente do Senado.

De acordo com Bornhausen, houve uma "interpretação equivocada" sobre a saída de vários parlamentares do PFL do plenário, logo após a proclamação do resultado da eleição de Ramez Tebet para a presidência do Senado. "Foi apenas uma coincidência, não houve qualquer intenção e os que saíram naquela hora é porque já tinham compromissos assumidos", explicou.

O senador Ramez Tebet declarou-se "feliz" com o esclarecimento do episódio e manifestou confiança em que dessa forma se caminhe "para o bom andamento das coisas no Senado, dado que isso é do interesse comum de todos os partidos". O presidente do PFL aproveitou a oportunidade para transmitir a Tebet votos de "uma gestão bem-sucedida à frente da Casa".

Com relação à indicação do senador Jader Barbalho (PMDB-PA) para integrar a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), formalizada pelo líder do PMDB na tarde de segunda-feira (dia 24), tanto Bornhausen quanto Tebet disseram ser um "direito" do líder do partido, mas expressaram seu entendimento que isso não terá efeito prático sobre o pleito do senador paraense a ser apreciado pelo colegiado.

A comissão vai apreciar recurso do ex-presidente do Senado reivindicando ser ouvido pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar antes de o órgão deliberar sobre eventual processo por quebra de decoro. Bornhausen acredita que Jader não poderá votar em causa própria, temendo por um "constrangimento" para o próprio parlamentar na comissão. O presidente do PFL acredita que "deverá ser assegurado amplo direito de defesa a Jader, caso se evolua da atual fase de investigação para a etapa do processo".

Já o presidente do Senado disse preferir não emitir juízo específico, manifestando confiança na CCJ e no Conselho de Ética. Ele apenas lembrou decisão "quando era presidente do Conselho de Ética, em caso muito semelhante". Na ocasião, o então senador José Roberto Arruda, que integrava o conselho, não quis votar a representação que o acusava de quebra de decoro por participação na violação do painel eletrônico.

25/09/2001

Agência Senado


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