Braga apoia redução de IPI sobre extratos usados em refrigerantes



Em discurso no Plenário nesta segunda-feira (27), o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) comemorou a redução da alíquota do imposto sobre produto industrializado (IPI) de extratos concentrados de açaí e guaraná. Ele fez referência ao Decreto 8.017/2013, que reduz pela metade o IPI desses produtos. A grande inovação, segundo Braga, é o fato de o decreto ter “aberto a porta” para que o extrato de outras frutas tropicais figure no incentivo, com redução de 25%.

Para o senador, trata-se de uma boa notícia para milhares de brasileiros que anualmente consomem mais de 16 bilhões de litros de refrigerantes. Populações tradicionais que habitam o interior da região amazônica e vivem da produção de guaraná e açaí também serão beneficiadas, segundo Braga. Na visão do senador, o incentivo é importante, já que representa uma renúncia fiscal de R$ 257 milhões de reais neste ano e R$ 285 milhões em 2014.

– Esse alívio fiscal poderá resultar em uma redução dos preços de refrigerantes e refrescos para o consumidor final. O valor da renúncia também poderá ser usado pelas empresas em investimentos na produção – afirmou.

De acordo com o senador, com a redução do IPI chegou a hora de implementar a  produção integrada na região amazônica, com investimentos em infraestrutura e tecnologia. Braga disse que isso permitirá a abertura de novos negócios num “mercado internacional garantido”. Ele defendeu a produção sustentável, com responsabilidade ambiental.

Braga disse que os incentivos fiscais serão muito importantes para amenizar os efeitos da crise econômica mundial no Brasil. Ele lembrou que, quando foi governador do Amazonas (2003-2010), usou medidas de incentivo para agregar valor ao guaraná. E contou que, assim que chegou ao governo, a indústria pagava R$ 2 pelo quilo de guaraná. Com os fomentos concedidos por meio dos programas de sustentabilidade, os produtores chegaram a receber R$ 10 por quilo, em menos de seis anos.

– Com o guaraná e o açaí promovemos o desenvolvimento econômico da floresta, com o conceito de Zona Franca Verde, que significa levar tecnologia para desenvolver sem desmatar – disse o senador, para quem a floresta é fonte de desenvolvimento e renda, e não obstáculo para o crescimento econômico.

Civita

O senador ainda manifestou pesar pela morte do jornalista e empresário Roberto Civita, que morreu na noite desse domingo (26), aos 76 anos. Segundo o senador, Civita foi um dos maiores comunicadores brasileiros e tinha a publicação de revistas como sua grande paixão.

- Em 55 anos dedicados ao Grupo Abril, Civita implantou revistas que marcaram época em nosso país – disse o senador.



27/05/2013

Agência Senado


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