Brasil aumentou em 25% comércio com latino-americanos



A presidenta Dilma Rousseff defendeu a integração produtiva entre os países da América Latina e do Caribe como forma de enfrentar a crise internacional e assegurar o crescimento econômico da região. Após reunião com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, na noite de quinta-feira (1º), em Caracas, a presidenta afirmou que aposta na integração como “motor de desenvolvimento”. Ela informou que o Brasil aumentou em 25% o comércio com os países latino-americanos.

“Eu considero que estamos em outra fase. Nós podemos construir uma integração que seja realmente produtiva e que nos leve ao crescimento das economias e dos nossos povos. E nos leve a um processo que não seja a exploração de um país por outro”, disse.

Segundo Dilma Rousseff, os países da América Latina podem alcançar papel estratégico no cenário internacional não apenas por suas taxas de crescimento elevadas, mas porque substituíram suas teses sobre o desenvolvimento. Citando o economista Celso Furtado, ela lembrou que o verdadeiro caminho para o desenvolvimento é crescer com inclusão social e distribuição de renda.

“Nunca antes tivemos uma oportunidade tão grande para fazer com que este continente tenha uma importância e um papel estratégico no plano internacional. Não só porque, ao contrário de muitos outros países, incluindo os desenvolvidos, somos um continente com taxas de crescimento elevadas em relação aos Estados Unidos e à Europa, mas, sobretudo, porque mudamos nossa concepção de crescimento econômico. Abandonamos a tese de que era possível aos nossos países crescer sem que nossos povos usufruíssem”, explicou Dilma.

A presidenta Dilma está em Caracas para participar da 3ª Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento (Calc) e da 1ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que contará com a participação de 33 países.


Cooperação

O discurso da presidenta Dilma foi precedido de cerimônia de assinatura de atos entre autoridades brasileiras e venezuelanas que ampliam a cooperação entre os dois países. Entre os projetos discutidos na reunião de Caracas, estão o programa habitacional Gran Misión Vivienda, que aproveita as experiências do Minha Casa, Minha Vida, e a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, região metropolitana de Recife.

Dilma e Chávez firmaram 11 acordos bilaterais que envolvem a construção de casas populares, ações nas áreas de agricultura, ciência e tecnologia, petróleo, energia, o incremento das relações comerciais e econômicas. A ideia é ampliar a plantação de soja utilizada como ração animal.


Fonte:
Blog do Planalto
Agência Brasil



02/12/2011 14:36


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