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Brasil conquista mercado de carnes da Malásia

O governo da Malásia autorizou as exportações de carne bovina e de peru brasileira. A princípio, dois frigoríficos serão habilitados a embarcar carne bovina enquanto uma indústria será apta a comercializar peru. A liberação, anunciada na última semana, faz parte da estratégia do governo brasileiro de ampliar os mercados para a carne nacional, especialmente, em países asiáticos.

De acordo com o diretor de Assuntos Sanitários e Fitossanitários do Ministério da Agricultura, Otávio Cançado, do ponto de vista sanitário, todos os frigoríficos de aves foram aprovados pelas autoridades da Malásia durante as inspeções realizadas em fevereiro deste ano. “As restrições agora são somente quanto aos requisitos religiosos específicos da Malásia para abate halal”, explica Cançado. O abate halal é praticado pelos islâmicos e envolve princípios como o bem-estar animal e as questões sanitárias. “Em setembro, técnicos do país virão ao Brasil para dar o treinamento e adequar o abate para possibilitar as exportações de aves ao país. Serão treinados funcionários de 30 granjas”, afirma.

A decisão das autoridades malaias é resultado de missão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realizada em junho à Malásia, Indonésia e Japão. Na Indonésia, o Brasil conseguiu autorização para o ingresso de carne de pato e de peru no país, um dos maiores mercados consumidores de aves do mundo.

Por parte do Japão, também no próximo mês, uma equipe de técnicos japoneses virá ao Brasil para visitar frigoríficos de carne suína. A vinda da missão é a última etapa necessária para o início dos embarques do produto nacional ao país asiático.

Desde o início do ano, representantes do Ministério da Agricultura realizam missões em diversos países para avançar em negociações que resultem na abertura de mercado para carne nacional. As missões já conseguiram a liberação das exportações de carne suína para a China, em abril, e na África do Sul, em junho.

O próximo passo, segundo Otávio Cançado, será investir nos mercados da América Central e México, ainda fechados para o Brasil. “A agenda para estas visitas ainda está sendo definida, mas deve estar fechada já no próximo mês”, conclui.

Fonte:
Ministério da Agricultura

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