Brasil desponta como potência científica no setor agropecuário



A pesquisa em agricultura e pecuária no cerrado brasileiro pode contribuir para o desenvolvimento do meio rural nas regiões tropicais do planeta, de acordo com os anseios de organizações e instituições internacionais que defendem a chamada “economia verde”. Este novo modelo econômico é baseado na baixa emissão de carbono para a atmosfera, no suprimento de energia limpa e renovável e na preservação de recursos naturais.

Esse ponto de vista foi destacado pelo diretor-presidente da Embrapa, Pedro Antonio Arraes Pereira, durante a conferência “Cerrado, Água, Alimento, Energia e Pesquisa Agropecuária”, realizada na segunda-feira (11) na 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

De acordo com Pedro Arraes, algumas tecnologias desenvolvidas no País que o tornaram referência em agropecuária tropical para o mundo vão ao encontro da “economia verde” e podem ser levadas para outras regiões do planeta. “O cerrado, ou savanas, estão presentes não só no Brasil e nós temos como contribuir para fazer nosso conhecimento emergir para locais como Colômbia, Venezuela e interior da África”, disse.

Dentre as tecnologias que podem ser levadas para outros países e se encaixam nos preceitos de uma economia com menos impactos negativos ao meio ambiente, Arraes citou o sistema de plantio direto e o aprimoramento do manejo do solo; o controle integrado de pragas, que conjuga o combate de insetos nocivos às culturas com seus predadores naturais; e a integração lavoura, pecuária e floresta, que aumenta a produtividade por unidade de área e auxilia a reduzir o desmatamento.

O diretor-presidente da Embrapa observou, entretanto, que a pesquisa brasileira ainda não possui todas as respostas para equacionar plenamente questões colocadas no esforço por um desenvolvimento menos poluente, mas que o Brasil é um dos países, cujo peso da atividade econômica agropecuária e o conhecimento científico podem servir ao mundo.

“É preciso debater, como na Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente em 2012), quais  são os princípios para a mudança ambiental e energética e talvez o Brasil seja o país que possa conseguir fazer isso”.


Fonte:
Embrapa



12/07/2011 20:24


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