Brasil e África do Sul defendem solução pacífica para os conflitos na Líbia
A presidenta Dilma Rousseff e o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, defenderam, em conversa telefônica na quinta-feira (2), uma solução pacífica para os conflitos na Líbia, informou o porta-voz da Presidência da República, Rodrigo Baena. Os dois países concordaram em se articular no Conselho de Segurança da ONU com o objetivo de buscar uma saída política para a crise no país do norte da África.
O presidente sul-africano esteve recentemente em Trípoli, capital da Líbia, a pedido da União Africana, e encontrou-se com o líder do país, Muamar Khadafi. Zuma relatou à presidenta a situação daquele país e manifestou preocupação com a deterioração da situação política e humanitária da Líbia, posição pactuada por Dilma Rousseff.
Os dois presidentes concordam, ainda, que ações desenvolvidas na Líbia que vão além do mandato estabelecido pela resolução 1973 do Conselho de Segurança requerem atenção. A resolução autoriza os estados-membros a tomar “todas as medidas necessárias” para proteger os civis e áreas civis densamente povoadas sob ameaça de ataque na Líbia. A presidenta brasileira citou impactos negativos de ações das potências ocidentais sobre a população líbia, afirmou o porta-voz.
FMI
Outro assunto abordado pelo presidente Jacob Zuma – que tomou a iniciativa do telefonema – foi a sucessão ao cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele defende “uma oportunidade” para os países em desenvolvimento no organismo.
A presidenta Dilma lembrou que o Brasil tem sido enfático na necessidade de os países emergentes terem uma posição mais forte em organismos multilaterais e lembrou, que em relação ao FMI, os critérios para a escolha no novo diretor-gerente devem “passar pelo mérito e por um processo aberto e transparente independentemente da nacionalidade do candidato”.
Zuma disse também que a África do Sul está em um processo informal de consulta aos países membros do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) sobre o nome de Trevor Manuel, ex-ministro de finanças daquele país, para uma eventual candidatura ao cargo de diretor-gerente do FMI.
“A presidenta está esperando que o quadro se consolide para tomar uma posição, mas disse que o nome do ex-ministro é bem recebido na medida em que abre o leque de candidaturas e possibilita maior exposição de ideias para a agenda futura do FMI”, concluiu Baena.
Fonte:
Blog do Planalto
03/06/2011 12:03
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