Brasil garante pré-natal a mais gestantes
Lançada em março de 2011 pelo Governo Federal, a Rede Cegonha é um programa que visa garantir atendimento de qualidade a todas as brasileiras pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde a confirmação da gestação até os dois primeiros anos de vida do bebê. Ela terá atuação integrada às demais iniciativas do SUS para a saúde da mulher.
Conforme as diretrizes gerais e operacionais do projeto, deve ser assegurado às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada durante a gravidez, o parto e o pós-parto, e às crianças o direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudáveis.
Com um investimento de R$ 9,4 bilhões do Ministério da Saúde, que serão aplicados na construção de uma rede de cuidados primários à mulher e à criança, a Rede Cegonha iniciou o atendimento às futuras mães pela Amazônia e pela região Nordeste, que registram a maior taxa de mortalidade infantil e materna do País. Também terão prioridade as regiões metropolitanas de todo o país, porque concentram o maior número de gestantes.
Uma das inovações do programa em relação aos serviços oferecidos atualmente é a proximidade com que vai atuar o governo federal junto aos estados e municípios, para que haja maior comprometimento com a mudança das práticas.
Outra novidade é que o teste rápido de gravidez está disponível em todos os Postos de Saúde, o que possibilita, uma vez confirmada a gestação, começar o quanto antes o pré-natal. A partir da confirmação, ficam garantidas pelo menos seis consultas médicas, além de uma série de exames clínicos e laboratoriais. Sobre o local onde será realizado o parto, a gestante será vinculada desde o pré-natal à maternidade onde será realizado o parto.
Também é importante ressaltar que as grávidas devem receber auxílio para o deslocamento até o local das consultas de pré-natal, e para se deslocarem até a maternidade, quando forem dar à luz.
A Rede Cegonha prevê ainda a qualificação dos profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento às mulheres durante a gravidez, parto e puerpério, bem como a criação de estruturas de assistência, como a Casa da Gestante e a Casa do Bebê, e os Centros de Parto Normal, que funcionarão em conjunto com a maternidade para humanizar o nascimento.
As boas práticas de atenção ao parto e nascimento serão exigidas nas maternidades. Uma delas é o direito a acompanhante de livre escolha da mulher durante todo o trabalho de parto, parto e puerpério. O ambiente em que a mulher dará à luz deverá ser adequado para oferecer privacidade e conforto para ela e seu acompanhante. Ela terá acesso a métodos de alívio da dor e a possibilidade de ficar em contato pele a pele com seu bebê imediatamente após o nascimento, prática que hoje é demonstrada como benéfica para os dois.
O pai será incentivado a participar do momento do nascimento do seu filho, estimulando a formação de vínculos. O programa também pretende garantir que sempre haja um leito disponível para a mãe e o recém-nascido nas unidades de saúde, evitando a peregrinação das mulheres e recém-nascidos nos vários serviços.
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Fontes:
09/09/2013 11:13
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