Brasil perdeu um grande homem com a morte de Roberto Marinho, diz Sarney
Muito emocionado, o presidente do Senado, José Sarney, afirmou nesta quinta-feira (7) que o Brasil perde um grande homem com a morte do jornalista Roberto Marinho. "E eu, pessoalmente, perco um amigo com quem convivi estreitamente e de quem sempre recebi demonstrações de afeto cordial", disse.
José Sarney dirigiu-se para o Rio de Janeiro no avião presidencial, acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a fim de participar, com outras autoridades, do enterro do jornalista.
Também viajaram ao Rio para participar do enterro os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Aloizio Mercadante (PT-SP), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Marcelo Crivella (PL-RJ), Roberto Saturnino (PT-RJ), Renan Calheiros (PMDB-AL), José Agripino (PFL-RN), Amir Lando (PMDB-RO) e Valmir Amaral (PMDB-DF).
José Sarney afirmou, em entrevista coletiva em seu gabinete, que Roberto Marinho foi um "companheiro extraordinário na Academia Brasileira de Letras". Sarney definiu Marinho como "um desbravador, pioneiro, patriota e missionário".
- Roberto Marinho explorou todas as potencialidades das novas tecnologias da comunicação. Foi um missionário na pregação de idéias, um patriota com grande espírito público. Tinha visão do interesse nacional do Brasil e do povo brasileiro. Sempre esteve preocupado com o país. O Brasil agora está menor - afirmou.
Na opinião do presidente do Senado, Roberto Marinho ocupou um espaço na história brasileira do século 20, foi uma figura dominante, uma personalidade muito forte e "deu exemplo a todos nós de perseverança e de condenação ao sucesso". Sarney lembrou momentos que os dois amigos passaram juntos em anos de convivência sempre marcados pelo bom humor de Marinho.
Um exemplo desse senso de humor, segundo relato de Sarney, foi a resposta de Marinho, em sua festa de 90 anos, a uma brincadeira do educador Arnaldo Niskier, quando este disse que estaria também na festa de 120 anos do dono das Organizações Globo. "Não limite a vontade do criador", disse Marinho.
Pouco antes da entrevista, o presidente havia recebido visita de cortesia do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que esteve na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
07/08/2003
Agência Senado
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