Brasil vive momento de extrema fragilidade, diz Arlindo Porto
O Brasil vive hoje um momento de extrema fragilidade e que está a exigir de todos, principalmente dos candidatos nas próximas eleições, uma profunda reflexão em busca de novos caminhos, afirma o senador Arlindo Porto (PTB-MG).
Para o senador, o governo federal deve tomar medidas enérgicas para impedir novos ataques contra o real, que não pode, a exemplo do que aconteceu recentemente, sofrer uma desvalorização frente ao dólar, de 10% em apenas um dia.
Arlindo Porto, que já integrou o atual governo como ministro da Agricultura, critica o fato de o Brasil estar cumprindo à risca toda a cartilha do Fundo Monetário Internacional (FMI) e, ainda assim, não obter os resultados esperados na política econômica.
Em razão de o país estar seguindo a cartilha do FMI, com elevado superávit primário (receitas menos despesas, exceto os juros da dívida pública), lembra o senador, "conseguimos uma inflação baixa, mas também uma taxa de juros bastante elevada, queda nos investimentos e alto índice de desemprego".
As incertezas na área cambial, segundo Arlindo Porto, não recuaram nem mesmo diante do anúncio de um novo acordo de US$ 30 bilhões de dólares com o FMI - dos quais US$ 6 bilhões a serem desembolsados ainda este ano, e o restante, a partir de 2003, já com o novo governo. Isso, para o senador, é motivo de grande preocupação não só para os candidatos, mas para toda a sociedade, que sofre as conseqüências do arrocho fiscal.
Arlindo Porto acha que a política econômica praticada no Brasil tem de ser repensada, colocando no centro de seus objetivos a retomada do crescimento econômico, a elevação das oportunidades de emprego e o bem-estar da população.
15/08/2002
Agência Senado
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