Bush quer EUA sem rival militar
- Bush quer EUA sem rival militar
- O governo dos EUA divulgou um documento afirmando que o país não pretende nunca mais permitir que sua supremacia militar seja desafiada. O texto consolida a "doutrina Bush" ao enfatizar a estratégia militar de agir preventiva e antecipadamente contra Estados hostis e grupos terroristas.
No documento, George W. Bush afirma que "o presidente não pretende permitir que nenhuma potência estrangeira diminua a enorme dianteira militar assumida pelos EUA desde a queda da URSS".
"Nossas forças serão suficientemente fortes", diz o documento, "para dissuadir potenciais adversários de buscar desenvolvimento militar na esperança de ultrapassar, ou igualar, o poder dos EUA".
Pelo documento, não existe outra forma de conter aqueles que "odeiam os EUA e tudo o que eles representam".
O documento trata ainda de como a diplomacia, a assistência a outros países, o FMI e o Banco Mundial podem ser usados para vencer valores e idéias concorrentes. (pág. 1 e A14)
- O diretor-gerente do FMI, Horst Köhler, afirmou, em entrevista ao jornal "International Herald Tribune', que uma breve e bem-sucedida guerra dos EUA contra o Iraque pode ter efeitos positivos para a economia global. "Se a ação for rápida, restrita ao Iraque, o impacto econômico será pequeno, e poderá haver inclusive efeitos positivos, porque a situação ficará mais clara".
"Essa ameaça latente, essa situação indefinida, está deixando os investidores hesitantes", afirmou Köhler. (pág. 1 e B7)
- O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que quer ter nova reunião com o presidente Fernando Henrique Cardoso, na qual exigiria explicações para a alta do dólar. Ele não especificou quando o encontro ocorreria.
Segundo Lula, não há nenhuma motivação eleitoral para a disparada do dólar, uma vez que ele mesmo, em reunião anterior com FHC, reiterou seu apoio ao acordo com Fundo Monetário Internacional e reafirmou a promessa de respeitar os contratos. (pág. 1 e cad. Esp. 1)
- Em medida liminar, um juiz da 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo determinou a indisponibilidade dos bens dos ex-prefeitos paulistanos Paulo Maluf e Celso Pitta. Os dois foram acusados de terem desviado para outras finalidades R$ 68,7 milhões arrecadados pela Prefeitura de São Paulo com a Taxa de Combate a Sinistros.
Os ex-prefeitos irão recorrer da decisão. (pág. 1 e cad. Esp. 7)
- O presidente da OAB de Roraima, Antônio Oneíldo, solicitará ao Ministério Público do Estado e ao Ministério Público Federal uma investigação sobre os desvios de verba na folha de pagamento do Estado, que somam R$ 7 milhões.
Ontem, quando a "Folha" publicou reportagem sobre os desvios, todos os exemplares do jornal enviados a Boa Vista foram furtados. (pág. 1 e A4)
- Estudo encomendado pelo BNDES concluiu que o ensino superior privado cresceu nos anos 90 puxado sobretudo pelas maiores universidades. O estudo mostra que, em 2000, 5% delas detinham 45% do total de alunos da rede privada, contra 38% em 1991, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
Pelo estudo, as instituições maiores baseiam sua estratégia na oferta de mais vagas, com menos professores. (pág. 1 e C1)
Colunistas
PAINEL
A cúpula do PSDB, após a pesquisa do Ibope de ontem, aumentou a pressão para que Serra amenize o tom de seu programa de TV. A constatação é que, se continuar a bater muito pesado em Lula, o tucano pode propiciar a ressurreição de Ciro ou o crescimento de Garotinho.
Editorial
SEM JUSTIÇA
A prisão de "Elias Maluco", porém, não desperta apenas os temores acerca do seu encarceramento. Tido como um líder de quadrilha especialmente cruel, Elias Pereira da Silva é, por ora, apenas suspeito de ter cometido um crime grave. A pena por sua primeira condenação já foi cumprida.
Ficou quatro anos preso, entre 1996 e 2000, e foi solto porque o sistema judicial, nesse período, não foi capaz de produzir uma sentença para saber se é inocente ou culpado numa acusação de seqüestro.
Essa falha do sistema legal em produzir uma resposta pode ter custado a vida não apenas do jornalista Tim Lopes, mas de várias outras pessoas. E esse problema, que denota a precariedade do sistema de provimento de Justiça neste País, não foi, evidentemente, solucionado com a prisão de "Elias Maluco". (pág. A-2)
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09/21/2002
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