Bush quer cortar impostos em US$ 60 bilhões
Bush quer cortar impostos em US$ 60 bilhões
O presidente americano, George W. Bush, apelou ontem ao Congresso para que aprove um novo pacote de redução de impostos de US$ 60 bilhões para pessoas físicas e jurídicas, na tentativa de ajudar o país a reagir.
"Para estimular a economia, o Congresso não precisa continuar gastando mais dinheiro. O que é preciso é reduzir impostos", disse Bush, esclarecendo a forma de apoio financeiro ao país após o desgaste sofrido com os ataques terroristas a Nova York e Washington.
Ele já havia conclamado os parlamentares a aprovar recursos entre US$ 60 bilhões e US$ 75 bilhões, mas sem especificar a forma de liberação. O presidente pede ao Congresso que acelere a regulamentação das reduções de tributos já aprovados no pacote de corte fiscal de US$ 1,35 trilhão em 11 anos, que entra em vigor em 2002.
Ele também defende isenção tributária para trabalhadores de salários baixos ou médios. (pág. 1 e B1)
* O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem que as crises não o assustam nem o fazem encarar o futuro com pessimismo. "Não tenho paralisia diante da crise. Não fico chorando as dificuldades, mas trato de enfrentá-las", disse, na inauguração de aeroporto no Tocantins. O Presidente reagiu ao que chamou de pessimismo de alguns setores, citando a inauguração de 11 aeroportos e os programas sociais instituídos em seu Governo e destinados à população pobre. (pág. 1 e A4)
* A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou ontem subsídio de US$ 170 bilhões para programas agrícolas, após rejeitar pedidos de legisladores e ambientalistas para que parte da verba fosse destinada a programas de conservação. A aprovação desagradou à Casa Branca, para quem os subsídios encorajarão produção excessiva e beneficiarão produtores que menos precisam de assistência. O projeto vai agora para o Senado. (pág. 1 e B6)
* O Fundo Monetário Internacional (FMI) está preparado para fornecer conselhos e ajuda financeira aos países membros que tenham (ou adotam) políticas econômicas "adequadas", como parte de um esforço internacional para fortalecer a confiança na economia, após os ataques terroristas nos EUA. A garantia foi dada ontem pelo diretor-gerente da instituição, Horst Köhler.
"Talvez seja necessária a liberação de financiamento adicional aos membros emergentes", comentou. Sugeriu também que os países industrializados ajudem e, se necessário, tomem mais medidas de afrouxamento da política monetária, referindo-se a novos cortes nas taxas de juros.
Köhler afirmou, no entanto, que "a atual deterioração das condições econômicas será relativamente breve". (pág. 1 e B3)
* Os EUA enviaram cerca de mil soldados ao Usbequistão, país vizinho do Afeganistão. É a primeira saída maciça de forças terrestres para capturar Osama bin Laden, apontado como responsável pelos atentados do dia 11. O secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, foi ontem ao Usbequistão e agradeceu ao presidente Islam Karimov, que confirmou que estava cedendo bases, mas não para ataques ao território afegão. (pág. 1 e A16)
* Campos de treinamento e quartéis-generais do Taleban devem ser os primeiros alvos da aviação americana, pondo em colapso o regime. O resultado, avaliam analistas, seria fortalecimento da oposição e da facção do Taleban que se opõe à presença de Bin Laden no país. (pág. 1 e A16)
* (Islamabad) - O primeiro-ministro inglês, Tony Blair, reuniu-se ontem com o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, e manifestou apoio ao país, como efeito do respaldo paquistanês à coalizão contra o terror. (pág. 1 e A18)
* O governo americano censurou com irritação o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, por ter dito que os EUA tentam "apaziguar as nações árabes à custa de Israel, do mesmo modo como Hitler foi apaziguado às vésperas da 2ª Guerra Mundial". (pág. 1 e A21)
Editorial
"Lula, defensor do protecionismo europeu"
A posição assumida por Luiz Inácio Lula da Silva, a favor da política agrícola européia, deverá também valer, se ele for capaz de coerência, para a política adotada nos EUA. Nesse caso, por que protestar contra o protecionismo adotado também no Japão? (pág. 1 e A3)
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