Cabral analisa atividade de madeireiras na Amazônia



O senador Bernardo Cabral (PFL-AM) criticou a atuação devastadora de algumas madeireiras na região amazônica, mas reconheceu a importância destas como geradoras de empregos. Estudos revelam que existem na Amazônia mais de 3.000 serrarias, a maioria de pequeno porte, disse o senador.

Para ele, ao contrário do que os meios de comunicação dão a entender, os mais de 20 milhões de metros cúbicos de madeira, que saem todo ano da região com destino ao sul do país não são resultado da ação de grandes empresas. Estas estão sob vigilância dos órgãos competentes e chegam a operar no prejuízo, afirmou. O senador estranha que as menores não sofram a mesma fiscalização.

Existem estimativas de que em só em 1994 as serrarias do Pará geraram quase trinta mil empregos, disse o senador. Mas ele ressaltou que hoje a maioria dessas serrarias desapareceu. Além de desempregados, lamentou Cabral, deixaram também um cenário desolador. Como ilustração, o parlamentar disse que Manaus é um exemplo de cidade onde nas redondezas não se encontram mais madeiras nobres.

Como a soberania do Amazonas não pode ser colocada em dúvida, o senador entende apenas se deve cobrar responsabilidade por parte governo brasileiro em relação à região. As empresas têm que ter preocupações ambientais. Dessa forma, na opinião do senador, se acabaria com a exploração predatória da madeira e haveria o almejado desenvolvimento sustentado.

Na oportunidade, Cabral disse considerar imprescindível que seja instalada o quanto antes uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o trabalho das Organizações Não-Governamentais. O objetivo é apurar também as irregularidades que envolvem as organizações que colaboram para a devastação da floresta. A CPI já foi aprovada pelo Senado, falta apenas os partidos indicarem seus representantes para que os trabalhos possam ser iniciados.

19/03/2001

Agência Senado


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