CABRAL LEMBRA RESPONSABILIDADE DOS PARLAMENTARES



O presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador Bernardo Cabral (PFL-AM), afirmou hoje (dia 18), na abertura da audiência pública com os promotores Piercamillo Davigo e Paolo Ielo, que os parlamentares devem estar inspirados pela convicção de que a sociedade não os dispensa de cumprir o mandato que lhes foi delegado, e nem lhes perdoa qualquer omissão.

- Nós, senadores, como representantes dos estados da Federação, e os deputados, representantes do povo brasileiro, eleitos para encarnar, no quotidiano do debate político e do processo parlamentar, o Estado democrático de direito na feitura das leis e na fiscalização dos atos de governo, temos por norte a lei e por bússola a retidão. Saibamos bem utilizar o cabedal de confiança em nós depositado pela sociedade e manter alta a credibilidade do Poder que exercemos - assinalou.

Cabral lembrou que investigações rigorosas no Brasil conduziram ao impedimento de um presidente da República, à cassação de mandatos parlamentares e à apuração de processos duvidosos com títulos públicos.

O presidente da CCJ disse ainda que o fim de século assiste ao redespertar da sensibilidade social e institucional para os valores da moralidade e do respeito do interesse público e que os poderes do Estado têm-se tornado conscientes de que lhes incumbe retomar seu papel de condutores da administração pública com isenção, retidão, impessoalidade, transparência, credibilidade e eficácia.

O senador acrescentou que os cidadãos de todo o planeta exigem dos responsáveis pelo múnus público zelo dedicação e presteza nas decisões, e cobram clareza e limpidez nos princípios, perseverança nos objetivos e conduta ilibada.

Para Bernardo Cabral, a "Operação Mãos Limpas" mostrou uma dupla realidade: o elevado grau de saturação do povo com a criminalidade, sobretudo a do "colarinho branco", e com a impunidade que a protegeu durante décadas, e a capacidade de reação de um poder do Estado, assumindo a responsabilidade pública de realizar "inédita ação saneadora".

O senador destacou a colaboração dada pelo presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), para a realização da audiência pública, e a luta do senador Pedro Simon (PMDB-RS) no combate à impunidade.



18/09/1997

Agência Senado


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