Cabral lembra os 100 anos de Os Sertões



Os Sertões, a obra-prima de Euclides da Cunha, está fazendo 100 anos, lembrou nesta quarta-feira (9) o senador Bernardo Cabral (PFL-AM), acrescentando que o livro continua um monumento literário e de reflexão sobre -esse tema sempre intrigante chamado Brasil-.

- Quem o leu, conhece o sertão baiano mesmo sem tê-lo visitado. Conhece seu solo recrestado, castigado pelas secas, seu relevo bizarro, seu clima instável, seus rios transitórios, sua flora decídua - afirmou o senador.

Para Bernardo Cabral, Os Sertões é o maior livro que já se escreveu até hoje no Brasil. Segundo avaliou o senador, o livro é simultaneamente obra de um cientista - geógrafo, etnógrafo, geopolítico -, de um homem de pensamento e de idéias e de um antecessor da hoje denominada Ciência Política.

Cabral sugeriu uma reflexão sobre quais foram as mudanças alcançadas pelo país após um século de história e ressaltou que, em Os Sertões, Euclides da Cunha denuncia o empenho da Rua do Ouvidor, alimentado pelos jornais, em desejar a derrota das caatingas.

- Será que já aprendemos a lição? - indagou.



09/10/2002

Agência Senado


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