CABRAL REGISTRA 50 ANOS DA DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS



Ao registrar que o ano de 1998 está sendo marcado pelas celebrações referentes ao cinqüentenário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o senador Bernardo Cabral (PFL-AM) defendeu que, quanto mais houver injustiça entre os homens, mais deve-se levantar a voz para a vigência plena dos direitos fundamentais de todo ser humano.Mesmo constatando os benefícios das tecnologias modernas, das descobertas da ciência e dos avanços da medicina, Bernardo Cabral argumentou que continuam a existir as heranças de barbáries, as diversas formas de tirania, a manutenção de costumes desumanos e a imposição de regimes ditatoriais.Bernardo Cabral lembrou que várias guerras, rebeliões e atos de terrorismo continuam a existir na África. Ele comentou que este continente encontra-se dilacerado pela violência, pela fome e pela doença, e que, apesar de sua riqueza potencial, os países africanos estão atolados em dívidas.- Num outro cenário, distante das guerras civis, encontramos um quadro não menos devastador. Não podemos deixar de reconhecer que a justiça social ainda não se disseminou por igual na face do planeta - afirmou Bernardo Cabral.O senador amazonense denunciou que apenas uma minoria da humanidade usufrui de bem-estar e conforto. Ele completou que, a grande maioria da população não dispõe de emprego seguro, acesso à educação e à saúde, moradia confortável, e nem de meios econômicos que propiciem o usufruto do conforto oferecido pela modernidade.BrasilO Brasil foi incluído pelo senador entre os países em que há grande injustiça social. Bernardo Cabral citou números de um levantamento do IBGE realizado em 1987, que apontam que os 10% mais pobres detinham 1,12% da renda nacional. Em 1996, esse percentual havia baixado para 0,98%. No mesmo período, segundo o senador, os 10% mais ricos ampliaram sua participação na renda nacional, passando de 41,91% para 42,36%.

08/10/1998

Agência Senado


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