CAE ouvirá governadores sobre reforma tributária



Os cinco governadores convidados para debater com os integrantes da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) a proposta de reforma tributária, atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados, confirmaram sua participação na audiência pública marcada para a próxima terça-feira (2), às 10h, conforme informou o presidente da CAE, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), ao final da reunião desta terça-feira (26) da comissão.

Comparecerão, segundo Tebet, os governadores dos estados de Minas Gerais, Amazonas, Rio Grande do Norte, Goiás e Rio Grande do Sul, representando as cinco regiões do país. -Todos falarão sobre a reforma tributária-, disse o presidente da CAE, solicitando pontualidade dos senadores na reunião que marca o início da discussão no Senado Federal sobre o texto enviado pelo Executivo ao Congresso Nacional.

O presidente da CAE lembrou aos senadores da reunião conjunta com a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), programada para esta quarta-feira (27) às 14h, para ouvir o Prêmio Nobel de Economia e ex-vice-presidente do Banco Mundial Joseph Stiglitz, que já confirmou a sua presença. A apresentação e os debates serão em torno das -diretrizes de política econômica para se promover o desenvolvimento e a justiça e os passos para a integração das Américas-.

BNDES

Os senadores Mão Santa (PMDB-PI) e Efraim Morais (PFL-PB) pediram ao presidente da CAE que se empenhe para que seja votado na comissão o projeto de lei que estabelece percentuais regionais para a aplicação de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com prioridade de aplicação para a Amazônia e para o Nordeste.

De autoria do senador Jefferson Péres (PDT-AM), o PLS nº 9/1999 determina montantes crescentes na distribuição de recursos do BNDES para essas regiões, de 30% a 40% do total das aplicações. -Até agora, o Norte e o Nordeste só receberam 10% dos investimentos do BNDES-, reclamou Mão Santa, acrescentando que o substitutivo apresentado pelo relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), reserva 35% do total das aplicações do banco para promover o desenvolvimento dessas duas regiões.

O presidente da CAE manifestou o seu apoio ao substitutivo de Jereissati. Mas lembrou que as matérias terminativas nas comissões estão suspensas, porque a pauta de votações do Senado continua bloqueada - o que impediu a votação de 10 matérias que seriam examinadas na reunião da CAE desta terça-feira. Tebet adiou os dois únicos itens não terminativos, um que melhorava as condições de moradia de policiais militares e civis e o outro que voltava a ratificar aditivo de contrato de crédito entre a União, o governo de Rondônia, o Banco do Estado de Rondônia, em liquidação, e a Rondônia Crédito Imobiliário S/A. Ele explicou que ambos foram retirados de pauta a pedido dos relatores das matérias.



26/08/2003

Agência Senado


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