Calheiros: PMDB quer esclarecer denúncias



O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL) afirmou nesta sexta-feira (dia 20) que o Congresso Nacional considera o pedido de licença da presidência do Senado apresentado por Jader Barbalho (PMDB-PA) como "um gesto de lealdade à verdade que se quer".

- Queremos esclarecer tudo e o senador Jader, também - afirmou o líder.

Ele acrescentou que o partido "colaborará com tudo o que acontecer em favor do esclarecimento do fato".

Em relação à denúncia contra o presidente do Senado formulada por partidos de oposição perante o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, Renan Calheiros afirmou que as decisões do Conselho seguirão o estabelecido no regimento interno do Senado Federal e na Constituição.

- Não há como ser diferente - disse o líder do PMDB.

Logo após entregar ao vice-presidente do Senado, Edison Lobão (PFL-MA), o pedido de licença de Jader, Renan ressaltou que o presidente do Senado, ao afastar-se do cargo, praticava "um gesto significativo e inédito, em respeito à democracia e à instituição". O líder do PMDB disse ainda que o licenciamento do presidente estava "desembaçando qualquer possibilidade de prejudicar a investigação que o país quer".

Renan renovou o compromisso do PMDB para que o Supremo Tribunal Federal investigue o caso "em exaustão". Para o líder, se houver alguma prova contra Jader, "não há como minimizá-la".

- Não somos indulgentes. Nossa lealdade é à verdade - disse Renan.

O pedido de licença de Jader foi entregue por Renan a Lobão na presença dos senadores Maguito Vilela (PMDB-GO), Pedro Simon (PMDB-RS) e Sérgio Machado (PSDB-CE). Em entrevista após a solenidade, Simon afirmou que, caso seja aberto processo contra Jader no Supremo Tribunal Federal (STF), será um fato inédito na história do Brasil, ainda que o presidente do Senado esteja licenciado.

- É um fato muito importante, justamente na hora em que se fala que a Justiça não funciona - afirmou Simon.

Para o parlamentar gaúcho, o clima no Senado atualmente é "muito tenso" e o STF, "com sua serenidade", poderá chegar a uma posição imparcial sobre o caso.

O senador Maguito Vilela acrescentou que as investigações "já foram muito afuniladas" e que os 60 dias de licença pedidos por Jader serão suficientes para que a Justiça se manifeste.

20/07/2001

Agência Senado


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