CAS: Tião Viana diz que PT quer esclarecer denúncias da "Veja"
Durante a audiência pública realizada nesta quarta-feira (5) na
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) para debater a reforma sindical, o líder do PT, senador Tião Viana (AC), afirmou que o partido está muito tranqüilo quanto à apuração de denúncias publicadas recentemente pela revista
Veja. De acordo com a reportagem, a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva teria sido apoiada por uma equipe que levou à frente blefes e negociações sigilosas para enfraquecer seus adversários. Segundo a revista, o grupo teria armado uma cilada para fotografar o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, vice na chapa de Ciro Gomes (PPS), comprando um dossiê que o acusava de desvio de dinheiro. Na audiência, Paulinho afirmou ter sido procurado por uma pessoa que pediu R$ 3 milhões para que não fossem publicadas denúncias contra ele. Ele declarou não ter pago o valor pedido. Tião Viana disse que o Senado tem que acompanhar e esclarecer as denúncias, mas ponderou que é preciso que elas tenham mais substância. - Com troca de dossiês e afirmações de revistas não se pode fazer juízos morais sobre pessoas nem partidos - afirmou. O assunto foi levantado por intervenção do senador José Agripino (PFL-RN), que questionou por que o presidente da Força Sindical rompeu com o Conselho de Desenvolvimento Social montado pelo governo federal. Paulo Pereira da Silva explicou que se desligou do conselho até que sejam esclarecidas as denúncias da
Veja. O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) também expressou sua preocupação com as denúncias, dizendo que o PT deve mais explicações sobre as informações publicadas na
Veja.
Sobre a possibilidade de haver uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar as denúncias da revista, possibilidade levantada pelos senadores Antero Paes de Barros (PSDB-MT) e Arthur Virgílio (PSDB-AM), o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlos Alberto Grana, sugeriu a criação de uma CPI para investigar o movimento sindical em geral.
05/11/2003
Agência Senado
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