Calheiros remete à Corregedoria Geral denúncias contra ACM



O líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), comunicou nesta terça-feira (dia 10) ao Plenário que está enviando à Corregedoria Geral da União uma série de denúncias contra o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Entre elas, referiu-se "ao estranho desaparecimento do empresário Raul Gigante, responsável pela mega operação de remessa ilegal de 500 milhões de dólares para o exterior".

Essa última denúncia, Renan Calheiros disse que enviará também ao ministro da Justiça, José Gregori, inclusive porque "começam a surgir rumores do assassinato desse empresário, para ocultar a investigação". .

O senador disse ter enviado à corregedoria novo laudo criminalístico sobre a abertura de contas fantasmas com depósitos de empreiteiras para beneficiar a campanha de Antonio Carlos Magalhães, em 1990, ao governo da Bahia; auditoria do Tribunal de Contas da União em obras superfaturadas do aeroporto de Salvador; as operações de Rubens Gallerani (ex-chefe do escritório do governo da Bahia, em Brasília) durante a gestão do ex-presidente do Senado; e o fornecimento de certidão negativa de débito do INSS em transação imobiliária que beneficiou o empresário João Carlos Di Gênio. .

Renan Calheiros abriu seu pronunciamento dizendo que, das 400 horas de gravações telefônicas que resultaram na matéria de capa da última edição da revista Veja, não há uma só afirmação concreta contra o presidente do Senado. .

- Não há nenhuma declaração do senador Jader Barbalho que autorize as ilações da publicação. Não passam de insinuações. A revista Veja não traz nada, absolutamente nada, que envolva o senador Barbalho - sustentou. .

O líder do PMDB disse que o Senado não pode mais aceitar "esse blablablá" alimentado pelo noticiário. Ele observou que os jornais continuam tentando macular a imagem do presidente da Casa, sempre baseados em insinuações. Acrescentou que o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, foi taxativo ao afirmar que não existem acusações contra o presidente do Senado. .

Na avaliação de Renan Calheiros, foi também nutrido por especulações o noticiário sobre o denominado Caso Banpará, cuja conclusão demonstrou que o processo fora arquivado em 1992, por falta de provas. Depois de dizer que tanto Fernando Bezerra quanto o governo têm tomado as medidas necessárias para dar respostas definitivas à sociedade, o senador acrescentou que "o mais é a perpetuação do denuncismo com propósitos nitidamente políticos e interesses pessoais, na busca precoce de palanques à sucessão presidencial".

10/04/2001

Agência Senado


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