Camata elogia ex-imperadores do Brasil
Primeiro orador a ocupar a tribuna nesta segunda-feira (12), o senador Gerson Camata (PMDB-ES) lembrou a figura do ex-imperador brasileiro D. Pedro II. O senador elogiou a trajetória do monarca, que governou o Brasil por 50 anos. Após a Proclamação da República, acrescentou Camata, D. Pedro II recusou a pensão oferecida pelo governo brasileiro e acabou morrendo pobre. Em seu velório em Paris, onde morreu, foi homenageado com a presença de representantes de 80 países, menos do Brasil.
- É um exemplo para nossos governantes de hoje. Homem dedicado e apaixonado por seu país - elogiou Camata.
Na interpretação do senador, D Pedro II era republicano e dizia que a imprensa livre era "a grande auxiliar da missão de governar".
- É um exemplo para os nossos governantes de hoje, diante de tanto escândalo que estoura por aí, um exemplo de homem dedicado ao seu país, amante do seu país, apaixonado pelo seu país - disse Camata.
O senador também elogiou a figura de D. Pedro I, "fundador do Brasil", na interpretação de Camata, por ter proclamado a independência do país. Falecido aos 33 anos, disse o senador, D. Pedro I foi elogiado pelo jornal New York Times, que afirmou ser o falecido imperador "o governante modelo do mundo, o mais ilustre monarca do século XIX, que tornou o Brasil tão livre quanto uma monarquia pôde ser livre".
- De modo que nós, republicanos, devemos à Monarquia brasileira não só a unidade do país, mas os exemplos de hombridade, de honestidade, de respeito à coisa pública, que infelizmente estão faltando na República brasileira e que sobejaram no Império. A Monarquia nos deixou, então, inúmeros exemplos: da liberdade de imprensa, da liberdade de atuação, da liberdade de pensamento e o exemplo fundamental da honestidade - afirmou Camata.
Voto de Pesar
O senador apresentou requerimento pedindo voto de pesar pelo falecimento, no sábado (10) no Espírito Santo, do desembargador Antonio José Miguel Feu Rosa, aos 73 anos. Camata lembrou que o desembargador foi deputado federal por dois mandatos, presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo e professor na universidade federal do estado. Além de Camata, os senadores Renato Casagrande (PSB-ES) e Magno Malta (PR-ES) também assinaram o pedido de voto de pesar.
- Foi sempre homem atuante, colocando o interesse público em primeiro lugar e propondo soluções para as grandes questões nacionais - elogiou Camata.
12/11/2007
Agência Senado
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