Camata quer providências contra poluição no ES



O senador Gerson Camata (PMDB-ES) pediu em Plenário, nesta sexta-feira (22) que o Ministério Público e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) reprimam a poluição ambiental causada pelas indústrias instaladas ao norte de Vitória, especialmente a Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) e a Companhia Vale do Rio Doce, que lançam toneladas de efluentes tóxicos sobre a capital do Espírito Santo.

- Apelo ao Ministério Público, ao Ibama ou à autoridade que possa impor alguma restrição. O governo brasileiro tem os mecanismos para fazer com que as empresas obedeçam a legislação - afirmou o senador.

Segundo Camata, a criação do Porto de Tubarão, em 1960, seguida da instalação de diversas indústrias de beneficiamento de minério de ferro, foi feita sem nenhum cuidado com o meio ambiente e o controle da poluição. Pela predominância de ventos Nordeste, o senador apontou que a poluição lançada no ar pelas indústrias é levada para Vitória, Cariacica e Vila Velha, acarretando sérios problemas de saúde para a população da região metropolitana, estimada em 1,5 milhão de pessoas. O aumento considerável de doenças pulmonares e até mesmo do número de crianças com problemas de malformação cerebral, relacionada à inalação de partículas tóxicas pelas mães, declarou Camata, são atribuídas à poluição.

Camata lamentou ainda que, apesar de as diversas auditorias realizadas pelos órgãos de meio ambiente do município identificarem irregularidades cometidas pelas empresas, nenhuma atitude é tomada pelas indústrias para acabar com a poluição. Recente inspeção, noticiada pelo jornal A Tribuna do último dia 20, exemplificou o senador, apontou 37 irregularidades na CST, 16 delas referentes à emissão de pó de minério na atmosfera e de resíduos sólidos perigosos lançados na baía de Vitória.

- Essas empresas não têm o mínimo interesse em se corrigir. As auditorias, ano após ano, constatam isso e elas não se preocupam um só momento com o meio ambiente. A Vale do Rio Doce, depois de privatizada, se tornou uma cloaca de sujeira, emporcalhando Vitória - reclamou, registrando que há mais de um ano auditoria na Vale detectou 116 irregularidades que, até o momento, não foram solucionadas.



22/03/2002

Agência Senado


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