Caminhada pelo centro da cidade comemora 30 anos do Seade



Órgão público foi o primeiro a levantar informações sobre a pobreza

Um passeio pelos principais pontos turísticos do Centro Histórico de São Paulo marcou o início da comemoração dos 30 anos da Fundação Seade. Mesmo com frio e céu nublado, os funcionários e seus familiares compareceram à caminhada no domingo, dia 14. No ponto de encontro, na Rua Cásper Líbero, onde está a sede da empresa, os caminhantes receberam camisetas e kits (garrafa d’água, barras de cereal). Às 9h30, todos já estavam prontos para ouvir as explicações sobre a história da rua e das construções adjacentes, detalhes arquitetônicos, curiosidades e, assim, contemplar com outro olhar o lugar onde circulam todos os dias. 

A idéia de comemorar o aniversário do Seade com uma caminhada, explica a diretora executiva Felícia Madeira, pretende celebrar o local onde a instituição está situada e também valorizar a região que é patrimônio de todos os paulistas. Houve também comemoração interna com palestras e seminários relativos aos trabalhos desenvolvidos pela Fundação e discussão sobre os desafios futuros. O principal deles é unificar todas as informações sobre o Estado num único banco de dados.

O Seade é dos mais especializados centros nacionais de produção e disseminação de pesquisas, análises e estatísticas socioeconômicas e demográficas. Na verdade, diz a diretora, a atividade estatística é centenária. Desde 1892, a então Repartição de Estatística e Arquivo do Estado levantava dados para fazer um “retrato fidedigno” sobre São Paulo e subsidiar o governo nas políticas públicas. Diz, com orgulho, que o Seade foi a primeira fundação no Brasil a se envolver com informações sobre a pobreza e tem tradição em estatística, o que permite fornecer dados atuais e projetar informações para o futuro.

Construções históricas – Por transitar pelo local há bastante tempo, Felícia conheceu o seu auge (anos 1970) e decadência (anos1990). Ainda lembra das pessoas andando “chiquíssimas” pelas alamedas do centro velho. Na rua do Seade há prédios históricos como o que abrigou o jornal A Gazeta Esportiva, a igreja Santa Ifigênia e o Alvear Palace Hotel, enumera o guia turístico, Laércio Cardoso de Carvalho, que acompanhou o grupo até ao ponto de chegada, no Pátio do Colégio. Esse hotel foi projetado por Oscar Niemeyer, explica o arquiteto Cleyton Honório de Paula. “Observem as curvas, o lirismo, a beleza e a liberdade de construção”.

Na igreja, foi feita uma parada para conferir os vitrais franceses, quadros sacros e obras de Benedito Calixto. O guia mostra até os furos na fachada feitos pelos tiros dos soldados do Exército e da tropa do Movimento Tenentista. “Os soldados subiam na catedral porque, na época, era o ponto mais alto da cidade”, conta Carvalho. A caminhada continuou assim, rua a rua, prédio a prédio, com informações históricas e destaques arquitetônicos, até chegar ao Pátio do Colégio, onde foi encerrada.

Funcionária do Seade desde 1990, Lílian Cristina Morais, que levou o marido e os dois filhos para o passeio, disse ter adorado ouvir as histórias das edificações e caminhar pelo centro. “Gostei de muita coisa. Quando a gente passa por aqui, não vê quase nada”, diz com o filho menor, Júlio César, no colo. Leonardo, de 4 anos, diz ter se encantado com o repique dos sinos.

Claudeci Martins, da Agência Imprensa Oficial

(M.C.)



09/17/2008


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