Caminhoneiro reafirma acusações contra Aveny



O caminhoneiro Jorge Méres, preso por envolvimento no crime organizado e que está colaborando com as investigações da CPMI do Roubo de Cargas, reafirmou que o prefeito de Amapá do Maranhão, Aveny Andrade Pacheco, comprou cargas roubadas. Na acareação feita na tarde desta terça-feira (dia 27), o prefeito negou ter qualquer participação no caso.

Jorge Méres disse aos parlamentares que fez várias entregas de cargas roubadas para o prefeito, entre elas uma de cimento, outra de sal e duas de cerveja. O caminhoneiro informou que sua função na quadrilha era a de transportar a mercadoria. A negociação com Aveny Pacheco seria feita por Carlos Jinkins. Aveny confirmou que conhecia Jinkins, mas negou qualquer negócio referente a roubo de cargas.

Em 17 de agosto de 1998, segundo o relato de Méres, quando foi entregar um carregamento de cerveja, o prefeito fez o pagamento com dois cheques. O primeiro no valor de R$ 17 mil e um segundo de R$ 600 para abastecer de combustível o caminhão. O prefeito negou, mas acrescentou que costumava emprestar cheques ao seu irmão e que não sabia a quem esses cheques teriam sido entregues.

Depois de 45 dias dessa venda, prosseguiu Méres, Aveny teria pago com três cheques da prefeitura um outro carregamento roubado de cerveja. Segundo o caminhoneiro, os cheques não foram descontados por falta de fundos. "Depois, Carlos Jinkins foi ao prefeito cobrar pessoalmente o dinheiro", explicou. Aveny Pacheco negou as acusações.

27/03/2001

Agência Senado


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