Cândido defendeu união do movimento pelos direitos da mulher com os dos trabalhadores
O senador acredita que não basta a igualdade jurídica formal, que constitui avanço importante em muitos aspectos da vida civil, mas é incapaz de, por si só, garantir a igualdade real e a aplicação de políticas que, de fato, combatam as diversas manifestações da opressão feminina. "Como os homens são considerados provedores e chefes da família, o trabalho da mulher é sempre visto como secundário e supõe-se que seus ganhos apenas complementam a renda doméstica", disse Cândido.
O senador destacou que estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) indicou que, em 1998, 26% das famílias brasileiras eram chefiadas por mulheres. Portanto, para mais de um quarto das famílias brasileiras, resumiu o senador, os rendimentos das mulheres são responsáveis pela manutenção da casa. Ainda assim, o rendimento médio real anual das mulheres que trabalham nas regiões metropolitanas analisadas pelo Dieese correspondem a menos de 70% dos auferidos pelos homens. Além de tudo isso, destacou, as mulheres são responsáveis pelos trabalhos domésticos na maioria dos lares, o que implica dupla jornada de trabalho.
O senador lembrou que o Dia Internacional da Mulher foi criado em 1910 para homenagear 129 mulheres operárias que morreram carbonizadas em 1857 ao serem reprimidas em uma greve por melhores salários.
08/03/2001
Agência Senado
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