Carazzai vem ao Senado discutir política habitacional do governo
Segundo os economistas José Romeu de Vasconcelos e José Oswaldo Cândido Júnior, ambos do Ministério do Planejamento, o governo teria de investir de US$ 2,6 bilhões a US$ 3,06 bilhões por ano, bancando subsídios em torno de 70% para habitações de 36 metros quadrados a 50 metros quadrados, para acabar com o problema do déficit habitacional num período de dez anos. Os economistas pregam que o governo poderia partir para uma ampla desregulamentação do setor, acatando as linhas gerais da política proposta pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip), que defende a divisão entre dois segmentos: a clientela social, que poderia ser atendida por um Sistema de Habitação Social (SHS), e a clientela de mercado, que deveria ser atendida pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI).
Para José Romeu e Oswaldo Cândido, o atual Sistema Financeiro da Habitação (SFH), criado em 1964, teve seu apogeu no início da década de 70, quando chegou a financiar um total de 400 mil novas unidades habitacionais a cada ano. Em meados da década de 90, já arruinado, o sistema conseguia financiar somente 20 mil habitações por ano.
Também nesta terça-feira, a partir das 17 horas, a CAE promoverá uma segunda audiência pública com autoridades do governo, dessa vez para discutir projeto de lei do senador José Sarney (PMDB-AP) que prevê a concessão de incentivos fiscais à área de Livre Comércio de Macapá. Devem comparecer à audiência pública representantes dos Ministérios da Fazenda, Relações Exteriores e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
19/11/2001
Agência Senado
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