Carlos Bezerra diz que novas agências regionais não vão funcionar
O senador Carlos Bezerra (PMDB-MT) disse que as novas agências de desenvolvimento do Norte e do Nordeste, que substituem Sudam e Sudene, serão inteiramente inócuas, não terão condições de funcionamento e nem de estimular o crescimento do Norte-Nordeste. Bezerra foi o relator da indicação de um dos membros da ADA, Samir de Castro Hatem, e deu parecer favorável.
- O governo federal discrimina violentamente o Norte e o Nordeste, não dá a menor importância a essas regiões. A prova maior é que 60% dos incentivos fiscais federais estão concentrados na Região Sudeste, embutidos de vários modos. Os membros que estão sendo aprovados aqui para as novas agências terão uma missão impossível, porque não haverá dinheiro - disse o senador.
Carlos Bezerra disse que incentivos fiscais são fundamentais para o desenvolvimento das áreas mais pobres do país, e deu como exemplo seu próprio estado, o Mato Grosso, em que 90% dos empregos são gerados por empreendimentos que só foram possibilitados por incentivos fiscais.
- A ADA e a Adene serão instrumentos ineficientes, porque o governo federal não tem interesse e porque falta união política ao Norte e ao Nordeste para lutar por seus interesses - alertou o senador.
O senador Paulo Souto (PFL-BA) criticou o fato de a Bahia ter sido afastada do processo de formação e composição da nova Agência de Desenvolvimento do Nordeste (Adene), durante a votação dos nomes dos membros da nova agência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Os indicados para a diretoria da agência tiveram 15 votos favoráveis e um em branco.
25/06/2002
Agência Senado
Artigos Relacionados
CAE aprova presidentes da CVM, do Cade e das novas agências regionais
Seguradoras de plano de saúde só podem funcionar com registro nos conselhos regionais
Jucá aplaude inovações das agências regionais de desenvolvimento
Suassuna saúda indicações para agências regionais
Primeiro centro de robótica do País vai funcionar na USP São Carlos
Fernando Bezerra quer que reforma reduza desequilíbrios regionais