CARLOS PATROCÍNIO TEME POR VERBAS DA SAÚDE



O senador Carlos Patrocínio (PFL-TO) considerou hoje (dia 7) positiva a nomeação de José Serra para o Ministério da Saúde, mas manifestou-se preocupado com o orçamento destinado ao setor. Citando dados publicados pelaFolha de S. Paulo, Patrocínio afirmou que esse ministério vai dispor de apenas dois terços de seu orçamento de 1998 para atividades essenciais.

Conforme o senador, a disponibilidade de verbas da pasta será reduzida de R$ 19,5 bilhões para R$ 13,3 bilhões, visto que só para diminuir o déficit fiscal do governo esse orçamento perde R$ 1,9 bilhão. Ele informou que a receita do Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) -que pagava mais de 40% das despesas da Saúde no ano passado, já com a CPMF em vigor - teve sua participação reduzida em R$ 4,8 bilhões. Este ano, a Confins só participará também com R$ 4,8 bilhões.

Carlos Patrocínio destacou a convocação do Exército e da população para atuar no combate ao mosquito transmissor da dengue, dizendo que o país não pode prescindir dessa colaboração. Elogiou também as primeiras iniciativas do ministro José Serra, como suas viagens ao Rio de Janeiro e a Belo Horizonte, comentando: "Pelo menos, Serra já conheceu a larva do aedes aegipt e está procurando liberar os recursos que estavam parados". O senador observou que, se recursos não foram utilizados na área de Saúde, não foi por negligência do Legislativo.

Ele elogiou ainda o discurso de posse em que Serra anunciou seu propósito de dispensar atenção ao programa de proteção à saúde da mulher. "Temos que levar a todas as mulheres, mesmo em tenra idade, os ensinamentos necessários para que não haja gravidez indesejada, nem aborto provocado", pregou o senador. Em aparte, Romero Jucá (PFL-RR) disse que as dificuldades na Saúde começam pelo fato de a CPMF ser apenas uma fonte provisória de financiamento.



07/04/1998

Agência Senado


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